Peso argentino se recupera após três dias de perdas
Moeda saltou por volta de 5% depois de ter perdido quase um quarto de seu valor na esteira de um choque eleitoral nas primárias de domingo
Peso Argentino: moeda recuperava parte das perdas recentes nesta quinta-feira (Diego Giudice/Bloomberg)
15 de agosto de 2019, 11h43
Buenos Aires — O peso da Argentina recuperava parte das perdas recentes nesta quinta-feira, saltando por volta de 5% depois de ter perdido quase um quarto de seu valor na esteira de um choque eleitoral nas primárias de domingo, que mais uma vez mergulhou o país num caos econômico.
O peso começou a cair depois que o candidato à Presidência de centro-esquerda, Alberto Fernández, da chapa da ex-presidente Cristina Kirchner, vencer com força nas eleições primárias o presidente de centro-direita Mauricio Macri, cujas medidas de austeridade desagradaram os eleitores.
Mas o peso parecia se recuperar nesta quinta-feira, após três dias de perdas dolorosas e subindo 4,7%, para 57,5 pesos por dólar, de acordo com operadores.
O forte resultado de Fernández levou os investidores a vender ativos argentinos, temendo um retorno às políticas de esquerda e o fim das reformas econômicas e estruturais de livre mercado. Desde um grave colapso em 2001, a economia da Argentina vem sendo prejudicada pelo fraco crescimento, default einflação alta.
A volta da Argentina à crise ocorre em meio à volatilidade generalizada e aos temores de uma recessão global desencadeada pela guerra comercial entre China e Estados Unidos, além de protestos que acontecem em Hong Kong. Os mercados emergentes têm sido particularmente prejudicados pela volatilidade nos mercados globais.
Mais cedo, em uma entrevista de rádio, Fernández afirmou estar confortável com uma taxa de câmbio de 60 pesos por dólar.
"O peso a 60 por dólar me parece bom", disse em entrevista à Radio Mitre antes da abertura do mercado.
Na quarta-feira, Macri anunciou uma série de subsídios sociais e cortes de impostos para trabalhadores de baixa renda, numa reviravolta desconfortável para um presidente que assumiu o cargo em 2015 prometendo cortar os subsídios públicos e corrigir o que chamou de anos de má administração econômica esquerdista.
Macri prometeu aumentar o salário mínimo, congelar temporariamente os preços da gasolina e aumentar o piso do imposto de renda em 20%.
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