Payroll, EUA soluciona teto da dívida, Ásia em alta e o que mais move o mercado
Bolsa de Hong Kong e minério de ferro saltaram 4% nesta madrugada; expansão do teto da dívida americana vai para chancela de Joe Biden
Modo escuro
Joe Biden, presidente dos EUA (Mandel Ngan/Getty Images)

Publicado em 2 de junho de 2023 às, 07h29.
Última atualização em 2 de junho de 2023 às, 07h43.
Os mercados internacionais iniciaram esta sexta-feira, 2, em tom positivo, impulsionados pelo acordo aprovado pelo Congresso americano que aumenta o teto da dívida dos Estados Unidos. Essa medida evita que o Tesouro americano fique sem recursos para honrar seus pagamentos, o que poderia afetar negativamente a economia global. Antes do acordo, previa-se que o dinheiro se esgotaria já na próxima segunda-feira, dia 5.
Teto da dívida americana
O acordo, que foi aprovado nesta semana pela Câmara dos Representantes e chancelado pelo Senado americano na véspera, prevê o aumento do teto da dívida e a limitação dos gastos do governo pelos próximos dois anos. Agora, o texto segue para a mesa do presidente Joe Biden, para receber sua aprovação final.
Expectativa para o payroll
Com a questão do teto da dívida americana resolvida, os investidores direcionarão suas atenções para os dados oficiais do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que serão divulgados hoje às 9h30.
O relatório do payroll, considerado por muitos como o principal indicador da economia americana, é esperado com grande expectativa. A previsão é de que tenham sido criados 180.000 empregos urbanos em maio nos Estados Unidos, em comparação com os 253.000 do mês anterior. Ninguém espera por números mais fortes que do mês anterior.
"Pelos números que vimos, sabemos que as vagas de emprego continuam incrivelmente altas e são de fato maiores do que o número total de americanos que se consideram desempregados", disse em nota James Knightley, economista-chefe internacional do banco ING.
Além disso, os investidores também estarão atentos à taxa de desemprego americana, que espera-se que tenha um leve aumento de 3,4% para 3,5%. Quanto ao ganho médio por hora trabalhada, que reflete o efeito da inflação nos salários, o consenso é de 0,4% de alta em relação ao mês anterior e de 4,3% em comparação com maio do ano passado.
Hong Kong salta 4%
Entre os destaques mercado internacional nesta sexta está a bolsa de Hong Kong, que fechou em alta de 4,02%. O índice estava próximo das mínimas desde novembro. Segundo analistas consultados pela CNBC, o movimento foi puxado por um movimento técnico, já que a o índice de Hong Kong estaria sobrevendido.
Desempenho dos indicadores às 7h30 (de Brasília):
- Dow Jones futuro (Nova York): + 0,47%
- S&P 500 futuro (Nova York): + 0,51%
- Nasdaq futuro (Nova York): + 0,52%
- FTSE 100 (Londres): + 1,02%
- DAX (Frankfurt): + 1,16%
- CAC 40 (Paris): + 1,28%
- Hang Seng (Hong Kong)*: + 4,02%
Minério de ferro dispara
Ainda na Ásia, o minério de ferro subiu 4% nesta madrugada na bolsa de Dalian, encerrando na máxima em seis semanas. O movimento deve contribuir neste pregao para a alta da Vale, com a maior posição do Ibovespa. A valorização da commodity teria sido impulsionada por exepectativa de maior demanda na China, de acordo com fontes da Reuters.
Produção industrial
No Brasil, aguarda-se a divulgação dos números da produção industrial de abril. Espera-se uma alta de 0,4% frente ao mesmo mês do ano passado e de 0,8% frente a março.
Ibovespa no último pregão
Ontem, 1, o PIB mais forte que o esperado para o prmeiro trimestre teve grande contribuição nos negócios locais, com o Ibovespa encerrando o dia em alta de 2,06%, em 110.564 pontos. O dólar caiu 1,31% para R$ 5.
Créditos
