Payroll, Apple sobe após balanço, reação ao Bradesco e o que mais move o mercado
Expectativa é de que payroll revele nesta sexta a menor criação de empregos em mais de 2 anos nos Estados Unidos
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Cartaz de "estamos contratando" em Family Dollar da Pensilvânia (Paul Weaver/SOPA Images/LightRocket via/Getty Images)

Publicado em 5 de maio de 2023 às, 07h44.
Última atualização em 5 de maio de 2023 às, 08h35.
O balanço acima do esperado da Apple (mais um entre as big techs) contribui com o bom humor no mercado internacional, antes da divulgação do payroll. Bolsas da Europa e futuros dos Estados Unidos sobem nesta manhã de sexta-feira, 5. No pré-mercado, os papéis da Apple avançam pouco mais de 2%.
Balanço da Apple
A Apple apresentou lucro líquido de US$ 1,52 por ação, US$ 0,09 acima do consenso. A receita também superou as estimativas, ficando em US$ 94,8 bilhões ante projeção do mercado de US$ 92,9 bilhões. Mas a cereja do bolo ficou com as vendas de iPhone, que bateram recorde no primeiro trimestre, com alta de 1,5% para US$ 51,3 bilhões.
À espera do payroll
Apesar do otimismo com os rumos da maior empresa dos Estados Unidos, o payroll ainda pode mudar a direção dos mercados. A expectativa é de que o dado revele a criação de 180.000 empregos urbanos em abril. Se confirmado, o ritmo será o mais baixo desde janeiro de 2021, quando foram criados 166.000 postos. Em março, o payroll ficou em 236.000, mas o número deve ser revisado nesta sexta.
Investidores também aguardam ansiosos pelos dados da taxa de desemprego dos Estados Unidos e da variação do salário médio do trabalhador americano. Todos eles, inclusive o payroll, serão divulgados às 9h30 (de Brasília). Para a taxa de desemprego, o consenso de mercado é de alta de 3,5% para 3,6%, enquanto espera-se por uma elevação mensal de 0,3% nos salários por hora trabalhada.
Os dados de hoje podem ser cruciais para as expectativas sobre a política monetária americana. Dados fortes tendem a fazer o Federal Reserve manter a taxa de juros elevada por mais tempo nos Estados Unidos.
Na última decisão, de quarta-feira, 3, o Fed confirmou a esperada alta de 0,25 ponto percentual para entre 5% e 5,25% e sinalizou que poderá parar de subir juros a partir de agora. Uma nova alta na reunião de junho não foi descartada, mas está longe de ser o cenário base do mercado.
Desempenho dos indicadores às 7h50 (de Brasília):
- Dow Jones futuro (Nova York): + 0,46%
- S&P 500 futuro (Nova York): + 0,60%
- Nasdaq futuro (Nova York): + 0,24%
- FTSE 100 (Londres): + 0,41%
- DAX (Frankfurt): + 0,40%
- CAC 40 (Paris): + 0,40%
- Hang Seng (Hong Kong)*: + 0,42%
Ibovespa ontem
No Brasil, o Ibovespa vem de alta de 0,37%, após ter fechado a 102.174 pontos no último pregão. O movimento foi em direção oposta à dos mercados internacionais, que tiveram um dia negativo, digerindo elevações das taxas de juros nos Estados Unidos e Europa.
Reação a balanços: Bradesco e mais
Além do payroll, deverá mexer com o mercado brasileiro as reações aos balanços divulgados na última noite. O mais aguardado foi o do Bradesco (BBDC4), que apresentou lucro de R$ 4,3 bilhões no primeiro trimestre. O resultado foi 37% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do Bradesco, caiu 7,4 pontos percentuais para 10,6%.
Também divulgaram resultados na última noite: Eletrobras (ELET3), Assaí (ASAI3), Petz (PETZ3), Soma (SOMA3), Via (VIIA3), Fleury (FLRY3), Rumo (RAIL3).
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