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Oferta pública a minoritários da Vivo deve demorar 90 dias

Telefônica aguarda anuência prévia da Anatel para concluir o negócio com a Portugal Telecom

Loja da Vivo: minoritários aguardam oferta pública de ações (.)

Loja da Vivo: minoritários aguardam oferta pública de ações (.)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2010 às 18h05.

São Paulo - Os acionistas minoritários da Vivo ainda deverão esperar cerca de 90 dias para, eventualmente, participar dos ganhos gerados pela troca de comando na operadora. Somente após a anuência prévia da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a conclusão do negócio com a Portugal Telecom, é que a Telefônica poderá tratar da oferta pública aos minoritários.

Ainda nesta quinta-feira (29/7), a Telefônica vai protocolar, na Anatel, o pedido de anuência à compra da fatia dos portugueses na Brasilcel, holding que controla a Vivo e da qual os espanhóis já detinham metade do capital. A Telefônica espera que o aval ao negócio seja dado em até 60 dias.

Isto porque este é o prazo combinado entre portugueses e espanhóis para a liquidação do negócio - ou seja, o pagamento e a entrega das ações. A Telefônica vai pagar 7,5 bilhões de euros pelos 50% da Brasilcel detidos pela Portugal Telecom. Em 60 dias, a operadora vai depositar a primeira parcela, de 4,5 bilhões de euros. Outros 1 bilhão de euros serão pagos em 31 de dezembro. A última parcela, de 2 bilhões, será quitada em 31 de outubro do próximo ano.

Oferta

Somente após o pagamento da primeira parcela e o recebimento das ações da Brasilcel, a Telefônica poderá lançar a oferta aos minoritários da Vivo. Para tanto, a empresa terá um prazo de mais 30 dias. Com isso, a manifestação oficial dos espanhóis só deve ocorrer em outubro.

A transação com a Portugal Telecom permitirá que a Telefônica controle 60% do capital da Vivo. Os outros 40% estão em circulação na bolsa. No comunicado enviado à bolsa espanhola ontem (28/7), a Telefônica também informou ter interesse em comprar mais 3,8% das ações ordinárias da Vivo que não estão em poder da Brasilcel. A operação é estimada em 800 milhões de euros.

Como é de praxe nestas ocasiões, os analistas já procuram avaliar quanto os minoritários podem lucrar com a operação. Em relatório assinado pela analista Luciana Leocádio, a corretora Ativa estima que os detentores de ações ordinárias (VIVO3, com direito a voto) poderão receber 119 reais por papel.

O valor representaria um prêmio de 10% sobre os 108 reais com que as ações fecharam nesta quarta-feira (28/7).
 

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