Nvidia ameniza ganhos e fecha abaixo de US$ 1 trilhão em valor de mercado
Empresa superou a marca ao longo do pregão; investidores veem Nvidia entre as mais beneficiadas pela IA
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Jensen Huang, CEO e fundador da Nvidia: empresa avança a passos largos em mercado de IA (BagoGames via Flickr/Reprodução)

Publicado em 30 de maio de 2023 às, 11h23.
Última atualização em 30 de maio de 2023 às, 18h23.
A Nvidia superou US$ 1 trilhão em valor de mercado pela primeira vez nesta terça-feira, 30. No fechamento, no entanto, a empresa desacelerou os ganhos e encerrou abaixo da marca histórica. Apenas seis empresas ostentam esta marca: Google, Apple, Amazon, Microsoft e Saudi Aramco.
As ações da Nvidia subiram pelo terceiro pregão consecutivo, negociadas perto de US$ 401. No intradia, os papéis bateram sua máxima histórica de US$ 414,92.
O rali das ações da Nvidia, que já subiram 34% nos últimos três dias, foi desencadeado pelo forte guidance para o segundo trimestre, em que a empresa espera faturar US$ 11 bilhões — 64,18% a mais do que no mesmo período do ano passado. O consenso de analistas consultados pela FactSet era de uma receita de US$ 7 bilhões para o próximo trimestre.
Segundo Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia, a indústria de computadores está passando por duas transições simultâneas: a computação acelerada e IA generativa. “Um trilhão de dólares em infraestrutura de data center global instalada fará a transição de uso geral para computação acelerada, à medida que as empresas correm para aplicar IA generativa em todos os produtos, serviços e processos de negócios", disse em resultado do primeiro trimestre
A ação da nova era, segundo o Itaú BBA
A Nvidia, por sinal, é uma das empresas que devem ser vencedoras nessa nova era, segundo analistas do Itaú BBA.
Com recomendação de compra para a ação, o Itaú BBA acredita que a Nvidia tenha "os ventos favoráveis mais fortes em tecnologia". "Há vantagens mesmo com a negociação de ações a 52x preço/lucro para 2024, dependendo das necessidades de computação", avaliaram os analistas.
Outra potencial vencedora desse processo, disse o Itaú BBA, deve ser a Microsoft.
"Adoraríamos comprar a OpenAI se fosse uma empresa pública. Como não é, compramos via ações da Microsoft. Se a OpenAI se tornar a próxima App Store da Apple – o lugar para conectar fontes para consultas específicas – ela poderá se tornar a próxima grande tecnologia, pelo menos em termos de utilidade."
"Estamos muito no início e podemos estar nos adiantando ao escolher vencedores e perdedores (pergunte a qualquer um que investiu na AOL nos anos 90), mas resolvemos arriscar ."
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