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Nvidia, Apple, Microsoft e Google: quem ganha e quem perde com a IA, segundo o Itaú

Analistas veem disrupção a partir do ChatGPT: "começamos a acreditar que a internet pode ser reescrita"

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3D rendering artificial intelligence AI research of robot and cyborg development for future of people living. Digital data mining and machine learning technology design for computer brain. (Blue Planet Studio/Getty Images)

3D rendering artificial intelligence AI research of robot and cyborg development for future of people living. Digital data mining and machine learning technology design for computer brain. (Blue Planet Studio/Getty Images)

As inúmeras possibilidades que surgiram com o avanço da inteligência artificial e todas as outras que estão por vir tem feito o mercado retocar suas projeções para o futuro. Nesses passos ainda incipientes de ferramentas como o ChatGPT, sinais de uma grande mudança já surgem no mercado. A mais evidente, surgiu com a mudança de guidance de faturamento da fabricante de hardware Nvidia, que disse esperar US$ 11 bilhões somente no segundo trimestre, dada a demanda por chips para inteligência artificial.

O mercado esperava algo perto de US$ 7 bilhões, o que já seria maior que a receita do mesmo período de 2022. O anúncio fez o preço das ações disparar e ,nesta terça-feira, 30, a Nvidia bateu pela primeira vez a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado.

No seleto grupo do 1 trilhão estão outras quatro gigantes de tecnologia: Google, Apple, Amazon e Microsoft, dona da empresa que desenvolveu o ChatGPT, a Open AI.

Apesar das oportunidades criadas pela nova tecnologia, analistas do Itaú BBA veem vencedores e perdedores nessa nova era. Nvidia e Microsoft, segundo relatório da casa, devem ser os ganhadores, enquanto Apple e Google, os perdedores.

"Estamos estupefatos com o poder dos plugins ChatGPT para criar disrupção. Assim, começamos a acreditar que a internet pode ser reescrita através de uma profunda mudança de hábitos", disseram os analistas.

Pausa para o disclaimer do Itaú: "Estamos MUITO no início e podemos estar nos adiantando ao escolher vencedores e perdedores (pergunte a qualquer um que investiu na AOL nos anos 1990), mas vamos arriscar neste relatório". (sic)

Compre Nvidia e Microsoft

Com tese ainda em construção, analistas do Itaú já recomendam a compra das ações da Nvidia, por vê-la nos "ventos favoráveis mais fortes" do setor. "Em breve terminaremos a matemática, mas há vantagens mesmo com a negociação de ações a 52x preço/lucro para 2024, dependendo das necessidades de computação", disseram os analistas. 

Já a Microsoft o Itaú vê como uma vencedora natural por ser dona do Open AI. "Adoraríamos comprar a OpenAI se fosse uma empresa pública. Como não é, compramos via Microsoft. 

"Open AI pode se tornar a próxima grande tecnologia, pelo menos em termos de utilidade. E como se isso não bastasse, a Microsoft está reformulando sua própria suíte de produtividade (incluindo seu excelente produto M365 Copilot), que sozinha gera 20% de aumento em relação às nossas estimativas de lucro por ação 10 anos", afirmou o relatório. 

Evite Google e Apple

Do lado negativo, os analistas colocam o Google como uma ação a evitar e levantam o questionamento:  “por que precisamos do mecanismo de busca Google como ele é hoje?".

"Areditamos que o fato de o Google parecer ter tanto a perder pode afetar sua capacidade de fazer as escolhas certas. Existe o risco de que, se a mudança vier muito rápido, ela não consiga alcançá-la. O Google pode, portanto, ser uma armadilha de valor em meio a essa revolução", disseram os analistas.

Uma eventual mudança na dinâmica de busca, inclusive, poderia afetar os negócios da Apple, segundo o Itaú BBA. "Se as pesquisas no Google forem interrompidas, quem pagará US$ 15 a 20 bilhões por ano (de acordo com nossas estimativas) pelos direitos padrão do mecanismo de pesquisa no iOS?", questionaram os analistas.

"A maior parte do poder de lucro da Apple (hardware + jogos) parece segura, mas esses pontos não são desprezíveis para uma empresa que não está crescendo, com as ações sendo negociadas a 23x preço/lucro para 2024."

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