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Remy Sharp
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Dados quentes de inflação nos Estados Unidos dão munição aos dirigentes mais favoráveis a juros altos dentro do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Eles argumentam que há mais a ser feito para restaurar a estabilidade de preços. E os recentes dados podem ajudá-los a convencer os colega a elevar juros novamente nos próximos meses.

O deflator das despesas com consumo pessoal (PCE), o índice de preços preferido do Fed, subiu 0,4% em abril, mais do que o esperado, segundo dados do Departamento do Comércio dos EUAdivulgados na sexta-feira, 26.

O aumento de preços anual acelerou para 4,4%, ante 4,2% no mês anterior. O núcleo do PCE, que excluindo alimentos e energia, mostrou alta de 0,4% no mês e 4,7% em relação a abril de 2022.

“Esta é a direção errada para o Fed”, disse Diane Swonk, economista-chefe da KPMG. A decisão de “junho vai depender de sair do impasse do teto da dívida, mas um aumento em julho agora está na mesa.”

Para onde vão os juros?

Os formuladores de política monetária dos EUA terão dados adicionais sobre emprego e preços ao consumidor antes da próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), de 13 e 14 de junho. Eles também podem relutar em aumentar juros enquanto houver incerteza sobre o destino das negociações do teto da dívida no Congresso.

Mesmo assim, os investidores aumentaram as apostas em uma de juros no próximo mês, precificando uma probabilidade de 50%, ante 18% uma semana atrás, em meio aos recentes discursos hawkish (favoráveis a juros mais altos) do Fed e sinais de que a economia continua robusta.

Os gastos do consumidor, ajustados para a inflação, aumentaram 0,5%, o maior avanço desde o início do ano. Os rendimentos do Treasuries saltaram após o relatório.

“A combinação de inflação subindo e gastos do consumidor fortes aumentará as chances de o Fed aumentar juros novamente em meados de junho”, disse Kathy Bostjancic, economista-chefe da Nationwide Life Insurance.

Alguns dirigentes do Fed, no entanto, como os chefes das regionais de Atlanta, Raphael Bostic, e da Filadélfia, Patrick Harker, enfatizaram que o impacto das quebras de bancos sobre o crédito ainda não foi sentido e que a política monetária funciona com defasagem, de modo que muitos dos problemas causados pelos juros mais altos ainda não aparecem nos dados oficiais.

Mas “quanto mais forte o fluxo de dados, mais provável que a próxima alta seja em julho, e não em setembro,” disse Derek Tang, economista da LH Meyer/Monetary Policy Analytics, em Washington. “A paciência tem limite e vai começar a se esgotar se a economia continuar crescendo e o estresse bancário não piorar.”

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