Morre Eduardo Guardia, ex-ministro da Fazenda e CEO da BTG Pactual Asset
Economista tinha 56 anos e desempenhou funções relevantes no setor público e privado, no governo federal e paulista, na B3 e no BB; veja a repercussão
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O economista Eduardo Guardia era sócio do BTG Pactual e comandava a gestora do banco de investimentos (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Publicado em 11 de abril de 2022, 14h51.
Última atualização em 12 de abril de 2022, 05h46.
Morreu nesta segunda-feira, dia 11 de abril, Eduardo Refinetti Guardia, CEO da BTG Pactual Asset Management, sócio do banco de investimento e ex-ministro da Fazenda. O economista tinha 56 anos. A causa da morte não foi divulgada.
Guardia foi ministro da Fazenda por nove meses no governo do ex-presidente Michel Temer em 2018, depois que seu então chefe, Henrique Meirelles, deixou o cargo para concorrer à Presidência da República.
O economista nasceu em 19 de janeiro de 1966, em São Paulo, e se graduou pela PUC-SP, com mestrado pela Unicamp e doutorado pela USP. Ele foi um dos principais apoiadores da política fiscal responsável, em busca do reequilíbrio entre receitas e despesas, na última década, como condição necessária para o país retomar o caminho do crescimento sustentável. Foi um dos articuladores do Teto de Gastos como âncora fiscal do governo.
Ele desempenhou papel fundamental na formulação do projeto de reforma da Previdência, que acabou aprovado em 2019. Teve relevante e extensa carreira no setor público e ocupou cargos de destaque no setor privado.
Foi secretário do Tesouro Nacional em 2002, secretário da Fazenda do Estado de São Paulo de 2003 a 2005, CFO, diretor de RI e depois diretor-executivo de Produtos da B3 de 2010 a 2016 e secretário-executivo do Ministério da Fazenda de 2016 a 2018, além de presidente do conselho de administração do Banco do Brasil em 2016 e 2017, entre outros cargos.
Depois de deixar o governo, Guardia ingressou no BTG Pactual (BPAC11) como sócio no começo de 2019. No banco de investimentos, ele foi responsável pela divisão de gestão de ativos, conduzindo a um salto nos recursos sob administração da instituição. O aumento coincidiu com um período de crescimento da indústria de fundos no Brasil, uma vez que a Selic no piso histórico ampliou a busca por produtos como fundos multimercados e de ações.
Veja a repercussão da morte de Guardia:
BTG Pactual (BPAC11) e Roberto Sallouti, CEO do banco, no Instagram:
Ministério da Economia em nota oficial:
"O Ministério da Economia recebeu com pesar e tristeza a notícia do falecimento do economista Eduardo Refinetti Guardia, que ocupou o cargo de ministro da Fazenda do Brasil em 2018 [...] Durante sua trajetória pública, a atuação de Guardia foi fundamental na construção de soluções importantes para a economia brasileira."
"O ex-ministro sempre se notabilizou pelo trabalho incansável, a gentileza no trato e o permanente espírito público, inspirando todas as equipes que liderou. O ministro Paulo Guedes relembrou a capacidade de diálogo de Guardia, que contribuiu de forma relevante para a troca de informações institucionais no período de transição de governo."
"Neste momento de dor, o ministro Guedes e os servidores do ministério da Economia manifestam respeito e solidariedade aos familiares e amigos de Eduardo Guardia."
B3 (B3SA3) no Twitter:
Com a morte de Eduardo Guardia, a B3 se despede de um líder que instilou os melhores valores, que foi exemplo e nos ajudou a construir a empresa que somos. Hoje, muitos de nós também perdemos um amigo, um grande amigo.
— B3 (@B3_Oficial) April 11, 2022
Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, no Twitter:
A competência foi a marca de Guardia na área econômica da administração pública brasileira. Estivemos juntos no Ministério da Fazenda, quando ele foi o secretário-executivo na minha gestão.
— Henrique Meirelles (@meirelles) April 11, 2022
(Com a Bloomberg)
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