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Moody’s rebaixa os ratings do Banco BMG

O enfraquecimento dos fundamentos de crédito do banco foi o responsável pela redução da nota

A agência de classificação de risco Moody's divulgou seu oitavo relatório anual de classificação de crédito (Reprodução)

A agência de classificação de risco Moody's divulgou seu oitavo relatório anual de classificação de crédito (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 17h51.

São Paulo - A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou nesta sexta-feira o rating de força financeira de bancos (BFSR) do Banco BMG D- para E+. Também foram rebaixados o perfil de risco de crédito individual e os ratings de depósitos em moeda local e estrangeira de longo prazo – ambos de Ba3 para B1. A nota de dívida subordinada em moeda estrangeira também foi reduzida de B1 para B2. 

Segundo a agência, a ação de ratings reflete o enfraquecimento dos fundamentos de crédito do BMG apontados pelo aumento da concentração no perfil de captação do banco e pelas estimativas de que a geração de receitas continue enfraquecida, o que limita o crescimento da carteira.

Todos os ratings têm perspectiva negativa, que reflete a visão da Moody’s de que as perdas líquidas continuarão reduzindo o capital, enquanto as alternativas limitadas de captação limitarão a capacidade do banco de ampliar sua carteira de crédito refletida no balanço e de diversificar suas operações.

A Moody’s afirmou em comunicado que a estrutura de obrigações do BMG “ficou altamente dependente de fontes garantidas, incluindo acordos de vendas de carteira, que representaram 61% da captação em setembro de 2012, bem como de depósitos à prazo com garantia (DPGE) ou diretamente providos pelo Fundo Garantidor de Crédito que representaram aproximadamente 14% da captação total do banco nesse período”, diz o texto. 

A tendência, segundo a agência, reflete declínio na confiança do investidor e do depositante do banco que expõe a instituição a maiores custos de captação e prejudica sua liquidez

No entanto, a parceira do BMG com o Itaú Unibanco – que deve iniciar as operações nos próximos dias – trará benefícios para a estrutura de captação e futura geração de receitas do banco. Ainda assim, a Moody’s acredita que esse acordo implica em maior concentração de captação. 

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