Meta, dona do Facebook, dispara mais de 14% após balanço do 1º tri surpreender

As ações da Meta sobem mais de 14% no pregão desta quinta-feira, 27, após seu resultado primeiro trimestre ter superado as estimativas do mercado. O balanço foi divulgado na última noite. A empresa, dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, apresentou lucro líquido de US$ 5,7 bilhões, equivalente a US$ 2,20 por ação. Ainda que  24% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, o resultado saiu melhor que o esperado. O consenso para o lucro por ação era de US$ 2,02.

A Meta também surpreendeu positivamente na linha da receita, que terminou o trimestre em US$ 28,645  bilhões, 3% maior na comparação anual. 

"Os ganhos da Meta surpreenderam positivamente Wall Street, com aumento inesperado nas receitas e elevação de seus guidances para o ano - fazendo com que suas ações subissem", comentou em nota Will Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue.

Novas projeções

Para o segundo trimestre, a Meta informou que espera um faturamento entre US$ 29,5 bilhões e US$ 32 bilhões, acima das projeções do mercado.

A Meta também atualizou o guidance de despesas para o ano para entre US$ 86 bilhões a US$ 90 bilhões. A projeção anterior era de gastos entre US$ 89 bilhões a US$ 95 bilhões. Somente no primeiro trimestre, os gastos foram de  US$ 28,645 bilhões. 

Foco no Reality Labs

Uma das frentes de maior investimento da Meta é a Reality Labs, de software e hardwares para realidade virtual. A divisão teve prejuízo de US$ 3,992 no primeiro trimestre. 

"Continuamos esperando que as perdas operacionais da Reality Labs aumentem ano a ano em 2023. Esperamos que os gastos de capital estejam na faixa de US$ 30-33 bilhões, inalterados em relação à nossa estimativa anterior. Essa perspectiva reflete nosso desenvolvimento contínuo da capacidade de IA para oferecer suporte a anúncios, Feed e Reels, juntamente com um maior investimento na capacidade de nossas iniciativas de IA generativa", disse a Meta em balanço.

"A percepção do mercado é a de que, por mais que longe de um equilíbrio perfeito, os US$ 4 bilhões trimestrais queimados no "reality labs" são acomodáveis graças ao enorme sucesso do Instagram", comentou em nota Richard Camargo, analista da Empiricus Research.