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Mercado pune falta de informações da fusão Casas Bahia/Pão de Açúcar

Empresas confirmaram nesta manhã que estudam a revisão dos termos do acordo

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O investidor, que já precificava as sinergias da operação, agora refaz as contas (.)

O investidor, que já precificava as sinergias da operação, agora refaz as contas (.)

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Gustavo Kahil

Publicado em 14 de abril de 2010, 09h37.

São Paulo - A reação do mercado ao anúncio da renegociação dos termos do contrato da fusão entre a Casas Bahia e o Pão de Açúcar foi imediata. Já na segunda-feira, os papéis preferenciais de classe A da empresa (PCAR5) recuaram em resposta à notícia dos problemas no acordo entre as famílias Klein, fundadora da Casas Bahia, e Diniz, controladora do Grupo Pão de Açúcar, antecipada pelo Portal EXAME.

As duas empresas confirmaram hoje a "intenção de rever a associação". As ações, que já tinham recuado 2,2% ontem, abriram a sessão em baixa de quase 6%, em torno de 58,50 reais. "Se você tira o valor agregado da união com a Casas Bahia, o mercado entende que a as ações devem voltar ao patamar anterior ao da fusão", explica o analista da Votorantim Corretora, André Parize. O mercado trabalhava com uma sinergia que poderia agregar em torno de 10 reais por ação, afirma outro analista que pediu para não ser identificado.

Um dia antes da celebração do contrato, em 3 de dezembro de 2009, os papéis eram negociados  a 56,95 reais. Depois da operação, as ações dispararam 9,73%, até chegarem ao topo de 68 reais em janeiro. "O que levou para a máxima de 68 reais foi essa notícia. Voltar para um nível em torno de 55 reais ou 57 reais não é um exagero", diz a analista Daniela Bretthauer, analista da Raymond James.

"O mercado já tinha incorporado cálculos da relação de troca acionária entre Casas Bahia e Globex. Agora, com a revisão, os termos tendem a beneficiar mais a Casas Bahia. Mas ainda não sabemos se será por meio de um aumento de participação ou por compensação financeira", avalia Marcelo Varejão, analista da Socopa Corretora. Para ele, o pior cenário, de quebra do contrato, não pode ser descartado.

Essa possibilidade pode até ser positiva, indica Daniela. A analista desconfiou da falta de detalhes nos termos do acordo em dezembro e optou até por rebaixar a recomendação de compra das ações para uma indicação neutra. "Ninguém teve a oportunidade de analisar os demonstrativos financeiros da Casas Bahia. Todas as grandes fusões têm mais detalhes. Em todos meus relatórios eu tenho dito que precisamos de mais informações", destaca.

Agora, de acordo com os analistas, as ações da empresa devem ser guiadas principalmente por novas notícias ligadas aos novos termos da negociação.

Anúncio da revisão dos termos

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Proposta de associação publicada em 4 de dezembro de 2009
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