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Mercado Livre vai restringir venda de bebidas destiladas em resposta à crise do metanol

Empresa também afirmou que está seguindo as recomendações da Senacon, removendo anúncios de itens que podem agravar a situação emergencial

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 7 de outubro de 2025 às 17h35.

O Mercado Livre anunciou nesta terça-feira, 7, que irá restringir a venda de bebidas destiladas em sua plataforma. O motivo é a crise de intoxicação por metanol que atinge alguns estados brasileiros.

Durante o período de restrição, apenas vendedores previamente autorizados pelas fabricantes poderão republicar seus anúncios, conforme listas fornecidas pelas próprias marcas. A suspensão abrange produtos como whisky, gin, vodka, cachaça, rum, licor e aperitivos. A seleção será feita com base em listas fornecidas pelas próprias marcas.

“Reiteramos nosso compromisso em apoiar as empresas do setor na segurança dos consumidores e na proteção de seus direitos”, disse o vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes. Até o momento, não há registros de casos intoxicação relacionados à plataforma.

Publicações irregulares

Segundo o Relatório de Transparência da empresa do primeiro semestre de 2025, 99% das publicações irregulares foram detectadas proativamente por sistemas internos, totalizando mais de 647 milhões de análises. No combate à pirataria, 89% dos conteúdos removidos foram identificados por esses sistemas.

O Mercado Livre também afirmou que está seguindo as recomendações da Senacon, removendo anúncios de itens que, embora não proibidos, podem agravar a situação emergencial, como lacres de bebidas.

Em 2024, a empresa firmou um acordo com a Associação Brasileira de Bebidas (ABRABE) para reforçar a proteção dos direitos de propriedade intelectual no setor.

Dados atualizados

O Ministério da Saúde atualizou nesta segunda-feira para 217 o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica no país — valor inferior aos 225 relatados no domingo. A pasta afirma que, deste total, 17 casos foram confirmados e 200 continuam em investigação pelas autoridades brasileiras.

São Paulo concentra 82,49% das notificações, com 15 casos confirmados e 164 em investigação. O Paraná aparece em seguida, com dois casos confirmados e quatro em investigação.l.

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