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Livro Bege mostra tom de incerteza para os EUA frente às tarifas de Trump

Documento afirma que a atividade econômica nos Estados Unidos “permaneceu praticamente inalterada” desde o último relatório, mas que a incerteza em torno da política comercial internacional foi generalizada

Livro Bege: a atividade econômica nos Estados Unidos “permaneceu praticamente inalterada” desde o último relatório da autoridade monetária (SAUL LOEB/AFP/Getty Images)

Livro Bege: a atividade econômica nos Estados Unidos “permaneceu praticamente inalterada” desde o último relatório da autoridade monetária (SAUL LOEB/AFP/Getty Images)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 23 de abril de 2025 às 15h57.

O Federal Reserve (Fed) divulgou nesta quarta-feira, 23, o seu Livro Bege, onde afirmou que a atividade econômica nos Estados Unidos “permaneceu praticamente inalterada” desde o último relatório da autoridade monetária. O documento, no entanto, afirma que a incerteza em torno da política comercial internacional foi generalizada. Essa é a primeira publicação desde que Donald Trump impôs tarifas para 180 países.

“A perspectiva em várias regiões dos EUA piorou consideravelmente à medida que a incerteza econômica, particularmente em torno das tarifas, aumentou”, diz. Menções a tarifas apareceram ao menos 100 vezes no relatório do Fed. Variações da palavra "incerto" apareceram 89 vezes, segundo contagem da Bloomberg.

O documento aponta que distritos como Boston, Nova York e Filadélfia citaram que o "tarifaço" fez com que as perspectivas piorassem. Em Boston, mesmo com a atividade econômica aumentando ligeiramente, isso foi sentido. Em Nova York, a publicação citou que os aumentos de preços se intensificaram, atingindo o limite superior da faixa moderada, com as empresas expressando preocupação com as tarifas.

Houve uma leve desaceleração na atividade econômica nacional e um aumento significativo da incerteza econômica.

Embora o emprego tenha se mantido relativamente estável, há sinais de cautela nas contratações e preocupações com futuras demissões. Os preços continuaram a subir, e as empresas esperam aumentos futuros devido às tarifas, com esforços para repassar esses custos aos consumidores, embora com alguma compressão de margens em alguns setores.

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