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Remy Sharp
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Os juros futuros fecharam a primeira sessão de outubro em forte alta, influenciados pela aversão ao risco no exterior e geração de vagas apurada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) acima do teto das estimativas.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 superou 11% e fechou em 11,035%, de 10,829% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2026 subiu a 10,83%, de 10,57%. A taxa do DI para janeiro de 2027 terminou em 11,04%, de 10,80%. O DI para janeiro de 2029 encerrou com taxa de 11,50%, de 11,30% no ajuste de sexta-feira, 29.

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As taxas do miolo da curva chegaram a abrir mais de 20 pontos-base ao longo da tarde, sob pressão do exterior e do Caged. O saldo de 220.844 vagas criadas em agosto superou o teto das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, que era 209.692 postos.

"Temos o setor de serviços como protagonista, indicando resiliência da atividade e também trajetória mais lenta do grupo de serviços, que é o que vem sendo observado pelo Banco Central" comentou a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack. Sozinho, o setor de serviços, com 114.439 postos, respondeu por metade do saldo líquido de agosto.

Segundo cálculos do economista-chefe do Banco Bmg, Flávio Serrano, a precificação da curva a termo preservava os 10% de probabilidade de aceleração no ritmo de queda da Selic para 0,75 ponto no Copom de novembro e 90% de chance de 0,50 ponto. Para a reunião de dezembro, as apostas em 0,75 ponto estão zeradas e a probabilidade de uma diminuição da dose para 0,25 ponto já está entre 35% e 30%, contra 65% a 70% de chance de 0,50 ponto. "Para o Copom de janeiro, a probabilidade de 0,25 já está em 40%", afirma Serrano. A curva projeta Selic já um pouco acima de 11 75% para o fim de 2023 e em 10,50% no fim de 2024.

A resiliência da economia traz preocupações sobre a eficácia do ciclo de aperto monetário promovido também nos EUA. Não só se espera juro elevado por um período prolongado como os PMIs acima do esperado despertaram novamente as apostas de retomada da alta pelo Federal Reserve na reunião de novembro, ainda que continuem minoritárias. O juro da T-note de 10 anos chegou a 4,70% nas máximas do dia, maior nível em 16 anos, e o do T-bond de 30 anos a tocar recorde de 13 anos, em 4,81%. A taxa da T-Note de 2 anos, por sua vez, na máxima foi a 5,12%.

O economista André Perfeito comenta que até a curva nos EUA voltar a ficar positivamente inclinada, a variável de ajuste será a parte longa. "Dada a inclinação negativa da curva de juros nos EUA e dado que os juros curtos não vão cair, única solução lógica para isso será a elevação dos juros longos. Os efeitos será o fortalecimento do dólar e a perspectiva de juros mais elevados no mundo num ambiente inflacionário mais desafiador", afirma.

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