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JBS (JBSS3): Listagem nos EUA pode acontecer ainda no primeiro semestre

Documento protocolado na SEC, com datas ainda provisórias, prevê ações começando a negociar na Nyse em 12 de junho

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercado Imobiliário

Publicado em 15 de abril de 2025 às 14h24.

A JBS (JBSS3) segue seu caminho rumo à Bolsa de Valores de Nova York (Nyse).

Um documento protocolado ontem na Securities and Exchange Comission (SEC), o órgão regulador do mercado de capitais americano, indica que a listagem das ações nos Estados Unidos pode acontecer ainda no primeiro semestre.

No formulário para registro de emissores estrangeiros, a companhia indica que o conselho de administração pretende se reunir no dia 22 de abril para convocar uma assembleia geral de acionistas que vai deliberar sobre a "dupla listagem".

Caso isso se concretize, a reunião de acionistas pode acontecer já no mês seguinte, no dia 23 de maio, com as ações da companhia começando a negociar na bolsa americana em 12 de junho.

Trata-se ainda de datas provisórias, que podem sofrer alteração – mas de toda maneira indicam um maior senso de urgência no processo.

Em março, a BNDESPar, segundo maior acionista da JBS, com cerca de 20,8% do capital, afirmou que se absteria de votar na assembleia que vai decidir sobre a dupla listagem, deixando a decisão a cargo apenas dos minoritários.

A dupla listagem é amplamente aguardada pelo mercado, pois daria acesso a base muito maior de investidores, o que poderia elevar seu valuation para o mesmo nível de pares globais, como a Tyson Foods.

Mais de dois terços da receita da companhia já vem de bens produzidos fora do país. Em termos de destino das vendas, o Brasil representou 13% do faturamento da JBS nos nove primeiros meses de 2024.

Com a listagem, a JBS passaria a ser negociada com BDRs, títulos que representam as ações de uma empresa do exterior.

O plano de abertura de capital nos Estados Unidos é antigo, mas ganhou tração neste ano.

Há pouco menos de um mês, a JBS anunciou um acordo com o BNDESPar, seu segundo maior acionista, que vai se eximir de votar a respeito da transação – o que praticamente garante a sua aprovação, já que os minoritários são favoráveis. Desde então, os papéis da companhia subiram mais de 30%, chegando a seus maiores patamar históricos.

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