São Paulo - O Itaú Unibanco será o gestor do ETF (Exchange Traded Fund) que rastreia o índice Financeiro (IFNC), informou a BM&F Bovespa na tarde desta segunda-feira. O banco apresentou o maior compromisso de volume financeiro no processo de concorrência aberto pela bolsa e venceu a disputa travada com outras três instituições interessadas. Assim, o banco terá o direito de explorar o ETF, de forma exclusiva, por três anos.

De acordo com as regras, caso o gestor não atinja a liquidez acordada, a diferença dos emolumentos não recolhidos precisa ser paga à bolsa. A partir de agora, a ideia da bolsa é intensificar as conversas com o mercado e passar a licenciar índices de ações que possam ser acompanhados por ETFs. A bolsa espera chegar ao final do ano com dez ETFs.

Atualmente, a bolsa disponibiliza os seguintes índices: BOVA11 (Ibovespa), BRAX11 (IBrX-100), CSMO11 (Índice de Consumo), MILA11 (Índice MidLarge Cap), MOBI11 (Índice Imobiliário), SMAL11 (Índice Small Cap), geridos pela Black Rock. O PIBB11 (IBrX-50), o mais antigo, é coordenado pelo Itaú.

O próximo passo é o de oferecer ETFs que sigam índices no exterior para atender a demanda dos fundos de investimentos multimercados que desde fevereiro de 2008 podem aplicar até 20% dos recursos em ativos no exterior, disse o diretor de renda variável da bolsa, Julio Ziegelmann, em entrevista ao Site Exame.

Fazem parte do IFNC as seguintes empresas: ABC Brasil, Banco do Brasil, Bradesco, BicBanco, Panamericano, Banrisul, BM&FBovespa, Cielo, Cetip, Itaúsa, Itaú Unibanco, Porto Seguro, Redecard, Santander Brasil e Sul América.