IPCA de maio, balança comercial da China, Fleury e o que mais move o mercado
Economistas esperam por queda da inflação brasileira para o menor patamar desde 2020
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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto 08/08/2019 (Amanda Perobelli/Reuters)

Publicado em 7 de junho de 2023 às, 07h56.
Última atualização em 7 de junho de 2023 às, 09h37.
Os investidores iniciam esta quarta-feira, 7, com grande expectativa em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, cuja divulgação está prevista para às 9h.
IPCA de maio
A projeção é de que o principal indicador da inflação brasileira tenha registrado um aumento de 0,33% no último mês, com desaceleração de 4,18% para 4,04% na comparação anual.Se confirmada, o IPCA será o mais baixo desde 2020.
Caso o dado do IPCA saia abaixo das estimativas do mercado, a pressão por quedas de juros por parte do Banco Central pode aumentar ainda mais. Dados mais fracos de inflação, como os do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) e do próprio IPCA têm levado os economistas a reduzirem suas expectativas de inflação para este e o próximo ano. No último Boletim Focus, a projeção mediana para o IPCA de 2023 caiu para 5,69%, em comparação aos 6,02% registrados quatro semanas atrás. Já para 2024, a projeção caiu de 4,16% para 4,12%.
Apesar dessa leve redução, os números ainda estão acima do centro das metas de inflação estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2023 e 2024 (de 3,25% e 3%, respectivamente). Entretanto, salvo raras exceções, já é consenso entre os analistas que o corte de juros deverá ocorrer no segundo semestre. De acordo com o Boletim Focus, há espaço para a taxa Selic cair de 13,75% para 12,50% até o fim deste ano.
Balança comercial da China
Investidores também deverão repercutir nesta quarta-feira aos números da balança comercial da China, divulgados durante a madrugada. A principal surpresa foi a queda de 7,5% nas exportações chinesas em relação a maio do ano passado, enquanto o consenso apontava para uma queda de apenas 0,4%. Por outro lado, as importações registraram uma contração menor do que o previsto, com uma queda de 4,5% em comparação com a expectativa de uma redução de 8%.
Esse descompasso resultou em números mais modestos para a balança comercial chinesa, que apresentou um superávit de 65,81 bilhões de dólares, em contraste com a projeção de 92 bilhões.
Mercado internacional
As maiores bolsas ocidentais operam próximas da estabildiade no exterior, com investidores digerindo os dados mistos da balança comercial chinesa. Na Ásia, a bolsa de Hong Kong fechou em alta d e0,8%, enquanto os principais índices da China fecharam em queda.
Desempenho dos indicadores às 8h (de Brasília)
- Dow Jones futuro (Nova York): -0,04%
- S&P 500 futuro (Nova York): +0,08%
- Nasdaq futuro (Nova York): +0,08%
- DAX (Frankfurt): - 0,05%
- CAC 40 (Paris): - 0,07%
- FTSE 100 (Londres): - 0,05%
- Stoxx 600 (Europa): +0,01%
- Hang Seng (Hong Kong): + 0,80%
Bonificação da Fleury
A Fleury (FLYR3) anunciou ontem à noite que irá distribuir 26 milhões de ações aos acionistas por meio de bonificação. Essas ações serão emitidas pela empresa em um aumento de capital de R$ 170 milhões. A proporção da bonificação será de 1 nova ação para cada 20 ações existentes.
Ibovespa ontem
O Ibovespa fechou o último pregão no maior patamar do ano, subindo 1,70% para 114.610 pontos. O dólar caiu 0,37% para R$ 4,192.
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