Inflação na Europa, BCE contracionista, produção da Vale e o que mais move o mercado
Banco Central Europeu pode iniciar ciclo de alta de juros com ajuste mais intenso que o sinalizado na última reunião, segundo agência
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Christine Lagarde, presidente do BC (Thomas Lohnes/Pool/Reuters)
Publicado em 19 de julho de 2022, 07h30.
Última atualização em 19 de julho de 2022, 07h42.
O mercado internacional iniciou esta terça-feira, 19, sem uma direção definida. Índices futuros americanos operam em leve alta, recuperando parte das perdas do último pregão. Mas o clima é de maior cautela na Europa, com bolsas operando entre altas e baixas, tendo no radar a próxima reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), prevista para esta quinta-feira, 21.
A expectativa era de que o Banco Central Europeu (BCE) iniciasse o ciclo de alta de juros nesta semana, com uma alta de 0,25 ponto percentual, como sinalizado no comunicado da última reunião. O movimento, no entanto, pode ser mais agressivo.
Segundo reportagem da Bloomberg com fontes anônimas, uma alta de 0,50 ponto percentual está sendo considerada pelo BCE para conter a maior inflação da história da União Europeia. Por outro lado, um aumento mais forte que o previamente sinalizado pode sofrer resistência entre os membros votantes, ainda de acordo com a Bloomberg.
O Índice de Preço ao Consumidor (IPC) europeu divulgado nesta manhã voltou a acelerar no acumulado de 12 meses, passando de 8,1% para 8,6% para o mês de junho. O número saiu em linha com o esperado, assim como o arrefecimento do núcleo do IPC de 3,8% para 3,7% na comparação anual.
O ciclo de alta de juros, já em ritmo acelerado nos Estados Unidos, é visto por economistas como um risco ainda mais elevado para a Europa. Isso porque além dos efeitos da inflação, o continente enfrenta desafios econômicos adicionais provocados pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Parte dos economistas já consideram a possibilidade de recessão nos Estados Unidos como elevada, mas praticamente certa para a Europa -- ainda mais diante de taxas de juros mais altas.
Desempenho dos indicadores às 7h30 (de Brasília):
- Dow Jones futuro (Nova York): + 0,70%
- S&P 500 futuro (Nova York): + 0,93%
- Nasdaq futuro (Nova York): + 0,97%
- FTSE 100 (Londres): + 0,23%
- DAX (Frankfurt): + 0,17%
- CAC 40 (Paris): + 0,08%
- Hang Seng (Hong Kong): - 0,89%
- Shangai Composite (Xangai): + 0,04%
- Nikkei 225 (Tóquio): + 0,65%
Produção da Vale
No Brasil, as atenções devem se voltar para a Vale (VALE3), que irá divulgar seu relatório de vendas e produção após o encerramento do pregão desta terça. O consenso da Bloomberg é de que a companhia apresente 76,9 milhões de toneladas de produção de minério de ferro no segundo trimestre. O balanço está previsto para o próximo dia 28.
Fusão Fleury-Hermes Pardini
O Fleury (FLRY3) e o Hermes Pardini (PARD3) anunciaram a convocação para suas respectivas assembleias com acionistas para debater a proposta de fusão entre as duas companhias. Os encontros foram marcados para o dia 18 de agosto.
Os termos do negócio envolve o pagamento de R$ 2,154 para cada ação ordinária do Hermes Pardini mais 1,2135 ação ordinária do Fleury.
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