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'Índice do medo' em Wall Street dispara mais de 25% após Trump ameaçar China

Às 12h16, no horário de Brasília, o índice tinha alta de 10,96%; bolsas nos EUA operam em queda

Publicado em 10 de outubro de 2025 às 16h00.

Última atualização em 10 de outubro de 2025 às 16h04.

O Índice Vix, conhecido como "o índice do medo" em Wall Street, subia mais de 25% nesta sexta-feira, 10, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticar a China.

Às 16h, no horário de Brasília, o Vix tinha alta de 29,40%.

Trump afirmou que "muitas contramedidas estão sendo consideradas em relação à China", acrescentando que a situação atual havia alterado seus planos de encontro com o presidente chinês, Xi Jinping. "Eu deveria me encontrar com Xi em duas semanas. Agora não parece haver motivo para isso", disse.

O estopim para o aumento da tensão veio depois de Trump apontar que a China havia feito um "movimento sinistro" ao implementar controles sobre as terras raras, recursos vitais para a produção de tecnologia avançada.

O presidente dos EUA também sugeriu um possível aumento nas tarifas sobre produtos chineses, o que intensificaria ainda mais o embate comercial entre as duas potências.

Essas declarações geraram um grande estresse nos mercados financeiros, refletido na queda das bolsas de valores dos EUA. Às 16h, no horário de Brasília, o Dow Jones caia 1,44%. O S&P 500 tinha queda de 2,12% e o Nasdaq operava em baixa de 2,81%. O índice DXY, que mede o valor do dólar frente a uma cesta de moedas, também foi afetado, caindo 0,44% no mesmo horário.

Em suas falas, Trump ainda ressaltou que "foi contatado por outros países que estão extremamente irritados com a hostilidade comercial da China, que surgiu do nada", fazendo referência à crescente tensão gerada por Pequim no comércio global.

Petróleo cai, ouro sobe

O ouro sobe nesta sexta-feira depois das falas de Trump, que ameaçou aumentar as tarifas sobre os produtos chineses, gerando maior aversão ao risco nos mercados. O metal precioso avança 1,04%, alcançando US$ 4.014,50 por onça por volta das 16h, à medida que investidores buscam refúgio em ativos mais seguros diante da crescente incerteza econômica.

Já o petróleo sofre uma aceleração na queda, com os preços do WTI para novembro recuando 4,32%, a US$ 58,85, e o Brent para dezembro perdendo 3,82%, a US$ 62.73.

As ameaças de Trump de tarifas mais altas sobre os produtos da China alimentam o temor de uma nova escalada na guerra comercial, o que pode prejudicar ainda mais a demanda global por petróleo.

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