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Ibovespa sobe 0,26%, após dia volátil com Petrobras e Fitch

O Ibovespa fechou no azul, após sessão marcada pela disparada da Petrobras e da revisão de perspectiva do rating do Brasil pela Fitch

Bovespa: revisão da perspectiva do rating do Brasil por uma agência de classificação de risco corroborou a instabilidade no pregão (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2015 às 17h41.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou no azul, após sessão volátil, marcada pela disparada das ações da Petrobras em meio à cobertura de posições vendidas e forte queda dos papéis de bancos por apreensão acerca de tributação no setor.

A revisão da perspectiva do rating do Brasil por uma agência de classificação de risco corroborou a instabilidade no pregão.

O Ibovespa encerrou com alta de apenas 0,26 por cento, mas suficiente para renovar a máxima desde 28 de novembro ao marcar 53.802 pontos. Ao longo do dia, subiu 0,64 por cento na máxima e caiu 0,69 por cento na mínima.

O volume financeiro somou 6,7 bilhões de reais.

As ações da Petrobras dispararam mais de 9 por cento, com operadores atrelando o movimento principalmente à cobertura de posições vendidas (short squeeze) diante da chance de o balanço auditado da empresa sair em cerca de 10 dias.

Nem o comunicado da estatal de que "não há data definida para a divulgação" dos dados freou o avanço. As preferenciais fecharam em alta de 9,06 por cento e Petrobras ON subiu 9,28 por cento, nas maiores altas dos papéis desde 3 de fevereiro.

O salto nos papéis da estatal foi ofuscado pelo declínio dos bancos após a revista Exame dizer que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) teria sido avisada informalmente que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, quer elevar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras.

De acordo com o texto da revista, a alíquota seria elevada de 15 para 17 por cento. As preferenciais do Itaú Unibanco e Bradesco , que respondem por quase 20 por cento do Ibovespa, caíram 2 e 1,79 por cento, respectivamente. Banco do Brasil cedeu 3,66 por cento e Santander Brasil perdeu 2,42 por cento.

A corretora Brasil Plural calculou que o impacto negativo da medida, se confirmada, para o Itaú seria de 3 por cento do lucro líquido estimado pela corretora para o ano, enquanto para o Bradesco, seria de 3,1 por cento do lucro. No caso do BB, o efeito seria de 3,6 por cento e do Santander, de 1,7 por cento. A quinta-feira ainda incluiu relatório do Credit Suisse cortando a recomendação de Itaú, Bradesco, BB e Itaúsa para "neutra" ante "outperform", com redução dos respectivos preços-alvos.

A agência de classificação de risco Fitch pesou do lado negativo ao manter rating brasileiro em "BBB", mas reduzir a perspectiva da nota para negativa, ante estável, citando a contínua fraqueza econômica no país, maior desequilíbrio macroeconômico e deterioração fiscal.

Os papéis da Vale fecharam sem um rumo único, com as preferenciais caindo 0,38 por cento, enquanto os ordinários subiram 0,27 por cento, em meio a um cenário ainda negativo para o minério de ferro. O ADR da mineradora teve preço-alvo reduzido pelo Credit Suisse.

BR Properties caiu 2,47 por cento. A empresa divulgou que seu comitê independente propôs ao Fundo Bridge submeter a assembleia de acionistas dispensa de aplicação da cláusula de "pílula de veneno" para todos os interessados em formular oferta de aquisição de ações da companhia.

*Texto atualizado às 17h40

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O Ibovespa encerrou com alta de apenas 0,26 por cento, mas suficiente para renovar a máxima desde 28 de novembro ao marcar 53.802 pontos. Ao longo do dia, subiu 0,64 por cento na máxima e caiu 0,69 por cento na mínima.

O volume financeiro somou 6,7 bilhões de reais.

As ações da Petrobras dispararam mais de 9 por cento, com operadores atrelando o movimento principalmente à cobertura de posições vendidas (short squeeze) diante da chance de o balanço auditado da empresa sair em cerca de 10 dias.

Nem o comunicado da estatal de que "não há data definida para a divulgação" dos dados freou o avanço. As preferenciais fecharam em alta de 9,06 por cento e Petrobras ON subiu 9,28 por cento, nas maiores altas dos papéis desde 3 de fevereiro.

O salto nos papéis da estatal foi ofuscado pelo declínio dos bancos após a revista Exame dizer que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) teria sido avisada informalmente que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, quer elevar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras.

De acordo com o texto da revista, a alíquota seria elevada de 15 para 17 por cento. As preferenciais do Itaú Unibanco e Bradesco , que respondem por quase 20 por cento do Ibovespa, caíram 2 e 1,79 por cento, respectivamente. Banco do Brasil cedeu 3,66 por cento e Santander Brasil perdeu 2,42 por cento.

A corretora Brasil Plural calculou que o impacto negativo da medida, se confirmada, para o Itaú seria de 3 por cento do lucro líquido estimado pela corretora para o ano, enquanto para o Bradesco, seria de 3,1 por cento do lucro. No caso do BB, o efeito seria de 3,6 por cento e do Santander, de 1,7 por cento. A quinta-feira ainda incluiu relatório do Credit Suisse cortando a recomendação de Itaú, Bradesco, BB e Itaúsa para "neutra" ante "outperform", com redução dos respectivos preços-alvos.

A agência de classificação de risco Fitch pesou do lado negativo ao manter rating brasileiro em "BBB", mas reduzir a perspectiva da nota para negativa, ante estável, citando a contínua fraqueza econômica no país, maior desequilíbrio macroeconômico e deterioração fiscal.

Os papéis da Vale fecharam sem um rumo único, com as preferenciais caindo 0,38 por cento, enquanto os ordinários subiram 0,27 por cento, em meio a um cenário ainda negativo para o minério de ferro. O ADR da mineradora teve preço-alvo reduzido pelo Credit Suisse.

BR Properties caiu 2,47 por cento. A empresa divulgou que seu comitê independente propôs ao Fundo Bridge submeter a assembleia de acionistas dispensa de aplicação da cláusula de "pílula de veneno" para todos os interessados em formular oferta de aquisição de ações da companhia.

*Texto atualizado às 17h40

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