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Ibovespa firma-se no azul após EUA adiarem tarifas sobre produtos chineses

Às 11:43, o Ibovespa subia 1,67%, a 103.618,95 pontos

B3: bolsa paulista começava a terça-feira sem uma tendência clara (Ricardo Moraes/Reuters)

B3: bolsa paulista começava a terça-feira sem uma tendência clara (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de agosto de 2019 às 10h29.

Última atualização em 13 de agosto de 2019 às 12h39.

São Paulo — A bolsa paulista firmava-se em alta nesta terça-feira, reagindo a notícias mais favoráveis sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, em sessão também marcada por uma bateria de resultados corporativos na pauta doméstica.

Às 11:43, o Ibovespa subia 1,67%, a 103.618,95 pontos. O volume financeiro somava 6,68 bilhões de reais.

O governo norte-americano prometeu adiar a aplicação de tarifas de 10% sobre alguns produtos chineses, incluindo laptops e celulares, prevista para entrar em vigor próximo mês, o que repercutiu positivamente nos mercados acionários globais.

Em paralelo, o Ministério do Comércio chinês disse que o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, teve um telefonema com autoridades comerciais dos Estados Unidos, e que novas negociações ocorrerão em duas semanas.

Investidores têm se mostrado preocupados com o potencial efeito negativo no crescimento global oriundo do embate comercial entre os dois gigantes econômicos.

Em Wall Street, as bolsas dispararam após os comentários, com o S&P 500 valorizando-se 1,8%. "A divulgação do atraso da implementação das tarifas é na pratica uma demonstração de que há mais tempo para que EUA e China tentem chegar em um acordo comercial", destacou o estrategista Felipe Sichel, do modalmais.

"Dadas as expectativas muito negativas desde o começo do mês, pode ser encarada como uma sinalização positiva", afirmou, ressaltando, contudo, as posições de ambas as partes estão se distanciando cada vez mais.

De acordo com o operador Alexandre Soares, da BGC Liquidez, as notícias "desligaram um pouco o 'risk off' dos investidores", uma vez que sinalizaram disposição dos EUA em negociar, embora a volatilidade deve permanecer elevada.

Também de pano de fundo havia uma relativa trégua na bolsa argentina, após o tombo de 37% da véspera por apreensão com a cena eleitoral, com o índice Merval valorizando-se mais de 8,5% nos primeiros negócios.

Ainda no radar local estava o começo dos trabalhos envolvendo a tramitação da reforma da Previdência no Senado, além de possível apresentação de plano de trabalho da reforma tributária em comissão da Câmara dos Deputados.

Destaques do dia

- MAGAZINE LUIZA subia 4%, após resultado trimestral com forte crescimento nas vendas, com destaque no comércio eletrônico. No setor, VIA VAREJO avançava 3,1% e B2W valorizava-se 3,8%.

- SUZANO avançava 5,8%, assim como KLABIN , que subia 2,2%. Analistas do Itaú BBA escreveram relatório afirmando que a perspectiva de curto prazo ainda é desafiadora, mas que as ações estão baratas.

- ECORODOVIAS avançava 4,4%, após assinar acordo de leniência de 400 milhões de reais com a força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná, valor que inclui multas, reduções de tarifas de pedágio e investimentos nos empreendimentos operados pela empresa.

- VALE subia 3,45%, acompanhando o movimento de outras mineradoras no exterior, em sessão ainda marcada por leve alta dos preços futuros do minério de ferro na China.

- COSAN cedia 3,7%, mesmo após registrar lucro líquido de 418,3 milhões de reais no segundo trimestre, ante prejuízo de 64,3 milhões no mesmo período do ano passado.

- ELETROBRAS PNB caía 0,8%, tendo no radar resultado trimestral com lucro líquido de 5,56 bilhões de reais no segundo trimestre, salto de 305% na comparação anual, influenciado pela venda da Amazonas Energia.

- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN subiam 2,4% e 2,2%, respectivamente, acompanhando a melhora como um todo da bolsa paulista, com BANCO DO BRASIL em alta de 1,8%.

- PETROBRAS PN tinha alta de 1,9%, apoiada na forte valorização dos preços do petróleo no exterior.

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