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Remy Sharp
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Ibovespa fica no vermelho pelo 11º pregão seguido com pressão de Eletrobras e exterior

Pessimismo com economia chinesa mantém cautela no mercado internacional; Petrobras subiu após reajuste de preços

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Painel de cotações da B3: Ibovespa tem 11º pregão consecutivo de queda (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Painel de cotações da B3: Ibovespa tem 11º pregão consecutivo de queda (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Publicado em 15 de agosto de 2023 às, 10h30.

Última atualização em 15 de agosto de 2023 às, 17h24.

O Ibovespa sucumbiu a mais um pregão no vermelho – seu 11º consecutivo. O dia começou em alta, com o índice subindo apoiado nas ações da Petrobras. A virada no exterior, no entanto, contaminou o Ibovespa, que caiu pressionado também pelas baixas nos papéis da Eletrobras (ELET6). A queda foi de 0,55% hoje, aos 116.171 pontos.

Ibovespa hoje

  • IBOV: - 0,55%, aos 116.171 pontos

Boa parte da influência negativa sobre o Ibovespa veio novamente da China. O gigante asiático tem mostrado dificuldade em recuperar sua economia, o que deixa investidores do mundo inteiro receosos. O novo capítulo da crise veio com a divulgação de novos dados que saíram, quase todos, abaixo do esperado.

A produção industrial chinesa recuou de 4,4% para 3,7% – e o consenso era de manutenção do patamar anterior. As vendas do varejo também sofreram um recuo, passando de 3,1% para 2,5%, enquanto investidores esperavam por uma alta de 4,5%. Já a taxa de desemprego aumentou de 5,2% para 5,3%. O Banco Popular da China chegou a derrubar as taxas de juros, mas o movimento foi insuficiente para animar investidores. No mercado, há a percepção de que, para reacelerar a economia chinesa, seriam necessários estímulos fiscais, por parte do governo. Mas as esperanças são cada vez menores.

"Enquanto no passado, números fracos podem ter estimulado pensamentos de um pacote de estímulo do governo, as esperanças parecem estar diminuindo para a resposta fiscal tradicional à fraqueza econômica devido ao excesso de dívida na economia", disse em nota Robert Carnell, head de research do ING para a região da Ásia-Pacífico.

O que também prejudicou o índice hoje foi a queda das ações da Eletrobras. Os papéis reagiram à troca no comando da estatal: Wilson Ferreira Júnior renunciou ao posto na noite de ontem. A saída trouxe temores de interferência política na antiga estatal, já que o atual governo é contrário à privatização. Apuração do Exame In, no entanto, mostrou que a saída ocorreu após meses de desgaste com o conselho de administração.

  • Eletrobras (ELET6): - 3,61%
  • Eletrobras (ELET3): - 3,43%

Nem mesmo a alta da Petrobras conseguiu animar o Ibovespa. As ações da petroleira subiram até 0,7% hoje depois de a companhia anunciar um aumento no preço do diesel e da gasolina repassado às distribuidoras. A decisão foi bem recebida pelo mercado, que viu uma oportunidade de gatilho para os papéis. Na máxima do dia, as ações chegaram a subir mais de 4%, mas perderam força com o clima negativo que se instalou sobre a bolsa.

  • Petrobras (PETR4): + 0,72%
  • Petrobras (PETR3): - 0,21%

Maiores altas do Ibovespa

Na ponta positiva, a BRF (BRFS3) ficou entre os maiores ganhos do dia subindo 7% mesmo depois de apresentar um prejuízo de R$ 1,3 bilhão no resultado do segundo trimestre. Isso porque a empresa apresentou números melhores que o esperado, especialmente no Ebitda (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na sigla em inglês), indicador de geração de caixa.

O Ebitda ajustado da BRF foi de R$ 971 milhões, 8% acima das expectativas do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME). “O risco-retorno da ação parece muito melhor que antes considerando o resultado juntamente com o follow-on, que deve reduzir substancialmente a pressão sobre o balanço, e com o desaparecimento da protuberância da gripe aviária”, escreveram os analistas.

Maiores quedas do Ibovespa

Na ponta oposta, os papéis da Gol desabaram 12,5% depois que os analistas do Citi cortaram a recomendação para os recibos das ações no exterior (ADRs). A recomendação caiu de “compra” para “neutra” e o preço-alvo foi cortado de US$ 7,75 para US$ 4,20. 

Que horas fecha a bolsa de valores?

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.

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