Ibovespa vira para queda e fecha no negativo pelo 8º pregão seguido

Depois de subir por boa parte do dia, o Ibovespa virou para queda no final do pregão, bem perto da estabilidade. O principal índice da B3 caiu 0,05%, aos 118.350 pontos. Este foi o oitavo pregão consecutivo de quedas do Ibovespa.

Ibovespa hoje

• IBOV: - 0,05%, aos 118.350 pontos

Durante boa parte da sessão a bolsa vinha se mantendo no azul com a ajuda de dados de inflação nos Estados Unidos. Por lá, o Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficou em 0,2% em julho  acelerando de 3% para 3,2% na comparação anual. O consenso era de alta para 3,3%. O núcleo do CPI também ficou abaixo do esperado, caindo de 4,8% para 4,7% na comparação ante expectativa de manutenção do nível anterior.

A surpresa levemente positiva deu algum combustível para a ideia de que os juros poderiam começar a cair nos EUA. Mas foi por pouco tempo. As bolsas americanas, que subiram mais de 1% pela manhã, perderam ímpeto e fecharam em leve alta. O movimento ajudou a colocar o Ibovespa no negativo. 

• Dow Jones (EUA): - 0,45%
• S&P 500 (EUA): - 0,42%
• Nasdaq (EUA): - 0,79%

Na avaliação de Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, os dados reforçam a necessidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manter os juros inalterados na decisão de setembro. Mas segundo ela, o Fed deverá seguir duro no combate à inflação. 

"Mantemos nossa visão de que o banco central americano optará por mais uma alta de juros esse ano e irá manter os juros elevados por um longo tempo. Não prevemos cortes nos EUA antes de meados de 2024."

Outro fator que ajudou a manter o Ibovespa no negativo foi, mais uma vez, a Vale (VALE3). As ações da mineradora voltaram a cair junto com o minério de ferro, à medida que investidores continuam receosos com a demanda chinesa pela commodity.

• Vale (VALE3): - 1,18%

Maiores altas do Ibovespa

As ações da Azul (AZUL4) lideraram as altas do Ibovespa nesta quinta-feira, com investidores otimistas depois da apresentação dos resultados.

A companhia aérea diminuiu o prejuízo líquido em 21,4%, para R$ 566,8 milhões. Mas o que realmente chamou a atenção dos investidores foram outros dois indicadores: o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e a receita.

O Ebitda, indicador de caixa operacional, alcançou um recorde para um segundo trimestre, somando R$ 1,12 bilhão – alta anual de 88,2%. O resultado ficou 10% acima do consenso de analistas compilado pela Bloomberg.

A receita operacional também atingiu um recorde histórico para um segundo trimestre, totalizando R$ 4,3 bilhões, um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

• Azul (AZUL4): + 9,83%
• Braskem (BRKM5): + 6,84%
• Gol (GOLL4): + 6,27%

Maiores quedas do Ibovespa

• Soma (SOMA3): - 7,68%
• 3R Petroleum (RRRP3): - 4,96%
• Rede D’Or (RDOR3): - 4,92%