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Ibovespa fecha em alta após Câmara preservar gatilhos fiscais da PEC emergencial

Índice sobe em linha com o mercado americano, que repercute dados positivos de inflação e aprovação do pacote de Biden

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Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 10 de março de 2021 às, 09h17.

Última atualização em 10 de março de 2021 às, 18h41.

Quadro geral do pregão 

  • Ibovespa subiu 1,3%, aos 112.776 pontos
  • Dólar recua 2,49% contra o real e encerra o dia negociado a 5,65 reais
  • EUA: Dow Jones sobe 1,67%, S&P500 avança 0,6% e Nasdaq teve leve variação negativa de 0,04

O Ibovespa avançou nesta quarta-feira, 10, repercutindo a notícia de que o plenário da Câmara rejeitou o destaque da PEC Emergencial que derrubaria todos os gatilhos fiscais de congelamento de salários de servidores e outras despesas do governo. 

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O índice avançou em linha com o mercado americano, que operou em alta após a inflação do país sair abaixo das expectativas. Além disso, os investidores repercutem a aprovação do pacote de estímulos de 1,9 trilhão de dólares do presidente Joe Biden, que promete recuperar a economia dos Estados Unidos.

Por aqui, a PEC Emergencial foi aprovada em primeiro turno na Câmara nesta madrugada e os destaques estão em votação durante a tarde, o que causou alta volatilidade no Ibovespa ao longo do pregão. Porém, as informações de que os gatilhos fiscais seriam mantidos ajudaram a recuperar o índice.

Outro ponto de preocupação durante o pregão foi a primeira coletiva de imprensa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após ter suas condenações anuladas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF ) Edson Fachin.

Em primeira fala após voltar a ser elegível, Lula acenou a eleitorado fora do PT, criticou a Lava Jato e focou nos questionamentos à gestão do presidente Jair Bolsonaro na pandemia. O temor é de que a volta do ex-presidente à disputa política leve o governo Bolsonaro à uma guinada populista.

“Cria-se uma preocupação com a possibilidade de o governo expandir gastos para manter a popularidade em alta. Ainda assim, acho que a presença de Lula não deve fazer tanto preço no mercado agora porque ainda há uma distância muito grande até o momento em que ele possa realmente tomar algum tipo de decisão”, afirma Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos.

O endurecimento de medidas de isolamento também preocupa os investidores. Para controlar a sobrecarga dos hospitais, o estado de São Paulo estuda entrar na fase roxa, que prevê o fechamento de escolas e igrejas e a suspensão de campeonatos de futebol. Neste campo, a notícia da Veja de que o governo federal planeja comprar vacinas da Sinopharm gerou algum alívio.

Inflação controlada nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, os principais índices de ações avançaram, após a o Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano sair dentro das expectativas, afastando os temores de uma inflação descontrolada no país.

Divulgado nesta manhã, o CPI de fevereiro ficou em 0,4% e em 1,7% no acumulado de 12 meses. Após a divulgação do indicador, o rendimento dos títulos americanos de 10 anos zeraram a alta de mais de 1%.

Dólar em forte queda

A inflação americana em linha com as expectativas teve efeito positivo sobre o real, com o dólar estendendo as perdas para mais de 2%. Isso porque a queda dos rendimentos dos títulos americanos, em tese, faz com que investidores aumentem suas apostas em países que pagam juros maiores, como o Brasil.

A moeda norte-americana caiu mais de 2%, na maior baixa em seis semanas, e voltou ao patamar de 5,65 reais, numa sessão em que operadores analisaram duas intervenções do Banco Central.

“As intervenções do Banco Central eram pouco esperadas para um dia em que o dólar já vinha de queda, e ajudaram o real a aprofundar os ganhos. A moeda também se favoreceu com a aprovação da PEC Emergencial e os dados da inflação americana”, argumenta João Vitor Freitas, analista da Toro Investimentos.

O dólar à vista caiu 2,49%, a 5,6526 reais na venda, depois de oscilar entre 5,6456 reais na mínima e 5,8143 reais na máxima. Esta é a maior baixa percentual diária desde 26 de janeiro (-2,82%).

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