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Ibovespa mantém os 112 mil pontos mesmo pressionado por queda da Petrobras

Investidores digerem falas de Arthur Lira sobre "medidas duras" em relação à estatal e carta de presidente da companhia sobre possível falta de diesel

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Painel com cotações na bolsa brasileira, a B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel com cotações na bolsa brasileira, a B3 (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 27 de maio de 2022, 10h55.

Última atualização em 27 de maio de 2022, 17h28.

Ibovespa hoje: o principal índice da B3 tem leve alta nesta sexta-feira, 27, sem conseguir acompanhar plenamente o bom humor do mercado internacional. Enquanto bolsas internacionais sobem, com busca por pechinchas no exterior, no Brasil, o Ibovespa é pressionado pela forte queda da Petrobras.

  • Ibovespa: + 0,34%, 112.274 pontos

As ações da petroleira recuam mais de 3%, em uma semana de turbulência para os papéis após a demissão do atual presidente, José Mauro Coelho. A terceira troca no comando da estatal sob o governo Jair Bolsonaro causou preocupação sobre o futuro da política de preços da estatal, que vem sendo pressionada pelo presidente em ano eleitoral. Na semana, os papéis da Petrobras já recuam perto de 10% (PETR3) e de 14% (PETR4).

A queda de hoje, no entanto, é reflexo de duas declarações. A primeira do presidente da Câmara, Arthur Lira. Em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta manhã, Lira falou sobre agir contra "instabilidade da empresa" e disparou: "ou a gente privatiza ou toma medidas mais duras".

No radar, está ainda uma carta obtida pelo Valor em que o presidente da companhia, José Mauro Coelho, alerta o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Petróleo para a possibilidade de escassez de óleo diesel, citando queda de estoques globais e elevada demanda.

  • Petrobras (PETR4): - 3,42%
  • Petrobras (PETR3): - 3,30%

"Esse apontamento serve como um alerta sobre o descasamento do preço praticado e como isso pode influenciar na falta do diesel", disse Régis Chinchila, analista da corretora Terra Investimentos

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As perdas provocadas pelos papéis da estatal são compensadas pela alta da Vale, beneficiada pela valorização do minério de ferro nesta madrugada, que reagiu a expectativas de novos estímulos na economia chinesa contribuíram para a apreciação do metal. Na véspera, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang havia alertado que a economia do país em alguns aspectos estava pior que em 2020. A deterioração econômica tem como pano de fundo políticas de tolerância zero à covid-19.

  • Vale (VALE3): + 1,54%

A alta do minério também contribui com a valorização de siderúrgicas, que ficam entre os maiores ganhos do dia.

  • CSN (CSNA3): + 3,06%
  • Gerdau (GGBR4): + 1,31%

Mas são os papéis da BRF que lideram as altas deste pregão. As ações da companhia dona da Sadia e Perdigão saltam mais de 4%, após o Valor noticiar que a companhia está demitindo funcionários e irá eliminar 25% dos cargos de diretoria. A mudança teria como objetivo tornar a empresa mais ágil.

  • BRF (BRFS3): + 4,82%

Dólar cai no embalo de Wall Street

O dólar comercial cai abaixo de R$ 4,74, acompanhando o movimento de queda global da moeda. 

  • Dólar comercial: - 0,66%, a R$ 4,730

O bom humor vem dos mercados americanos, onde as bolsas operam em alta em um dia de alívio após forte sequência de quedas provocada pelo ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos.

As boas notícias vieram da inflação. O Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) subiu 0,2% em abril ante março – o indicador é – um dos mais observados pelo Fed em sua política monetária. Mas o que realmente animou os investidores foi a alta de 4,9% no núcleo do PCE na comparação anual, uma desaceleração frente aos 5,2% reportados em março.

O indicador de arrefecimento da inflação alimenta as expectativas de investidores de que o ciclo de alta de juros nos EUA seja mais brando que o esperado. O índice que mais se beneficia de um cenário de juros mais baixos é o Nasdaq, de tecnologia, que tem a maior alta do mercado americano.

  • Dow Jones (EUA): + 1,37%
  • S&P 500  (EUA): + 2,11%
  • Nasdaq (EUA): + 2,96%

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