O Ibovespa virou para alta nesta quinta-feira, 4, com o mercado repercutindo a última decisão do Copom e as as altas das ações da Petrobras (PETR4) e dos bancos. Mais cedo, o principal índice da B3 operava em queda pressionado pela queda da Vale (VALE3) e pelo clima negativo no exterior. A alta é a primeira do Ibovespa na semana.

Ibovespa hoje

• Ibovespa: + 0,37%, 102.174 pontos

As ações da Petrobras subiram perto de 1,5% depois que a companhia apresentou seu relatório de produção na noite de ontem. A produção de petróleo bruto subiu 1% no trimestre e caiu 4% na comparação anual. Os dados não eram novidade porque já tinham sido divulgados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Ainda assim, o relatório trouxe pontos positivos, com destaque para redução de estoques. “Isso significa que a Petrobras vendeu mais volumes do que produziu no trimestre, o que normalmente é uma indicação de fortes resultados à frente”, informam, em relatório, os analistas do Credit Suisse. Caso a empresa mantenha a política atual de dividendos, a estimativa do banco é de distribuição de US$ 4,3 bilhões.

• Petrobras (PETR4): + 1,59%
• Petrobras (PETR3): + 1,46%

Os bancos também subiram em bloco, em dia de divulgação do balanço do Bradesco (BBDC4) após o fechamento do mercado. 

• Bradesco (BBDC4): + 2,33%
• Santander (SANB11): + 1,73%
• Banco do Brasil (BBAS3): + 1,13%
• Itaú (ITUB4):+ 0,80%

O Ibovespa e as ações ligadas aos juros também subiram com o fechamento da curva de juros após a última decisão do Copom. Sem surpresas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou na última quarta-feira, 3, a manutenção na taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano. 

O tom duro da última decisão foi mantido, mas economistas enxergaram algumas sinalizações mais ‘dovish’ (favoráveis a juros mais baixos) no comunicado. Entre eles, o reconhecimento do esforço fiscal por parte do governo.

“Entendo que o Copom começa a preparar terreno para cortar juros no segundo semestre, embora tenha descartado um corte em junho”, avaliou Gustavo Cruz, analista da RB Investimentos. 

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Viés negativo: Vale e exterior

A Vale (VALE3), que é a ação com maior peso na carteira teórica do índice, foi o principal vetor negativo para o Ibovespa. As siderúrgicas também pressionaram negativamente e ficam entre as principais baixas do dia. Os papéis reagiram a uma queda de 2% do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian.

• CSN (CSNA3): - 6,22%
• Gerdau (GGBR4): - 4.13%
• Vale (VALE3): - 3,10%
• CSN Mineração (CMIN3): - 2,69%

No exterior a preocupação foi com a crise entre os bancos regionais, que ganhou mais um capítulo ontem com notícias de que o PacWest, banco médio americano, pode estar perto de vender seus ativos para estancar uma saída massiva de depósitos.

Por lá, investidores também avaliam a última decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Na véspera, o Fed subiu a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, como era esperado, mas não sinalizou o fim do ciclo de alta de juros como aguardavam alguns agentes de mercado.

• Dow Jones (EUA): - 0,86%
• S&P 500 (EUA): - 0,72%
• Nasdaq (EUA): - 0,49% 

Maiores altas da bolsa de valores

• Ultrapar (UGPA3): + 11,81%
• Dexco (DXCO3): + 7,29%
• Magazine Luiza (MGLU3): + 6,89%

Maiores quedas da bolsa de valores

• Embraer (EMBR3): - 9,71%
• CSN (CSNA3): - 6,22%
• Carrefour (CRFB3): - 4,86%

Que horas fecha a bolsa de valores?

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.