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General Atlantic já tem 11% do capital Locaweb (LWSA3)

Gestora de private equity comprou quase 6% do capital da empresa em leilão na bolsa ontem

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Locaweb: valor de mercado caiu de R$ 20 bilhões para R$ 4 bilhões (Locaweb/Divulgação)

Locaweb: valor de mercado caiu de R$ 20 bilhões para R$ 4 bilhões (Locaweb/Divulgação)

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Graziella Valenti

Publicado em 19 de maio de 2022, 12h52.

Última atualização em 19 de maio de 2022, 12h57.

A General Atlantic montou uma posição de quase 11% na Locaweb. A ação da companhia (LWSA3), como uma das principais representante brasileira da onda tech, sofreu muito na bolsa nos últimos meses. A informação consta do formulário de referência da Locaweb, atualizado há pouco na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em razão do leilão realizado ontem.

Mais de 5% do capital da companhia trocou de mãos ontem na bolsa, mas o vendedor segue misterioso. O leilão inicial tinha 27 milhões de ações, ou 4,9% do capital (abaixo do limite obrigatório para divulgação de informação), mas cresceu com interferências de mercado e chegou a quase 35 milhões de papéis — quase 6% da empresa. O preço ficou em R$ 7.  Os fundadores, que reúnem em conjunto cerca de 27% da Locaweb, não alienaram suas posições, nem os dois maiores investidores conhecidos BlackRock (9,66%) e William Blair Investment (5,20%).

Depois de já valer mais de R$ 20 bilhões na B3 (R$ 35 por ação), no auge alcançado em fevereiro do ano passado, a companhia está avaliada hoje em R$ 4 bilhões. O número equivale a menos de 4 vezes a receita líquida projetada para o ano e é 2,5 vezes o caixa. A empresa não tem dívida e ao fim de março tinha R$ 1,5 bilhão aplicado no banco. Na prática, é como se o negócio propriamente, com seu fluxo de caixa futuro, estivesse avaliado em R$ 2,5 bilhões.

No ano, até o fim de março, a companhia ensaiou uma recuperação e ação chegou a ser negociada a R$ 10,50. Contudo, não resistiu à fuga tech que se abateu sobre o mercado, com a aversão dos investidores às teses de alto crescimento e alta demanda de capital do setor de tecnologia, e voltou a cair forte nos pregões mais recentes.

Na fuga tech, não há um problema com o setor, do ponto de vista de estratégia de negócios. A questão dos investidores é que, em geral, a perspectiva de retorno dessas companhias está em um futuro mais distante. O aumento das taxas de juros, nesse ambiente em que falta clareza sobre como será o comportamento dos Bancos Centrais mundo afora diante do drama da inflação, fez o dinheiro correr para negócios com valor concentrado no presente, ativos fixos e pagadores de dividendos.

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