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Fundo Santander Agências faz assembleia para corrigir oferta

Em assembleia anterior, ficou decidido que os atuais cotistas teriam direito a um deságio na oferta, o que não é permitido pelas regras da CVM


	Agência do Santander: fundo imobiliário do banco foi lançado em 26 de dezembro e atraiu 10 mil investidores
 (Paul Hanna/Reuters)

Agência do Santander: fundo imobiliário do banco foi lançado em 26 de dezembro e atraiu 10 mil investidores (Paul Hanna/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2013 às 10h43.

São Paulo - A Rio Bravo Investimentos está convocando os cotistas do fundo imobiliário Santander Agências para uma nova assembleia. O fundo já havia realizado uma assembleia em 17 de abril, para definir uma nova oferta de cotas, mas segundo fato relevante divulgado hoje, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou que é preciso fazer uma nova reunião para corrigir uma das decisões tomadas.

Na assembleia anterior, ficou decidido que os atuais cotistas teriam direito a um deságio na oferta, o que não é permitido pelas regras da CVM, que determina que os preços das ofertas públicas devem ser iguais para todos, conforme a instrução 400/03, artigo 23.

Segundo o comunicado da Rio Bravo, que administra o fundo, a reunião deverá discutir, “em atendimento a exigencia formulada pela CVM com base no artigo 23 da Instrucao CVM n0 400/03, a exclusao do deságio no valor do preco por Cota para o exercicio do direito de preferencia por parte dos cotistas do Fundo no ambito da Oferta Publica aprovado na Assembleia Geral de Cotistas realizada em 17 de abril de 2013″.

O Fundo Santander Agências foi lançado em 26 de dezembro e atraiu 10 mil investidores, um número expressivo em termos de fundos imobiliários. O fundo levantou R$ 401 milhões e teve um rateio de 13%. Lançadas a R$ 100 na oferta, as cotas do fundo chegaram a R$ 107,54 no lançamento e estão sendo negociadas na BM&FBovespa hoje a R$ 104,01, em queda de 0,74%.

O Santander Agências já havia feito uma oferta de subscrição de cotas, mas o preço oferecido estava acima da cotação do mercado, o que afastou os investidores. A nova tentativa buscava agora atrair os atuais cotistas com um desconto sobre o preço de venda, mas esbarrou nas regras de ofertas públicas da CVM. Na oferta anterior, o juro oferecido para o comprador das cotas estava em torno de 7,2% ao ano, e deve subir para um pouco menos de 8% ao ano, segundo informações de mercado.

A determinação da CVM mostra que a autoridade está cumprindo a promessa de acompanhar mais de perto os fundos imobiliários, que ser tornaram moda no mercado brasileiro desde o fim do ano passado por conta da isenção de imposto de renda nos rendimentos pagos aos investidores pessoas físicas.

Procurada, a Rio Bravo não quis falar sobre a nova assembleia.

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