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Fed será mais brando em dezembro? Aposta ganha força após CPI dos EUA e bolsas disparam em NY

Investidores passam a precificar alta de 0,50 ponto percentual como cenário mais provável para dezembro; mercado seguia divido antes da divulgação

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Presidente do Fed, Jerome Powell Samuel Corum (Samuel Corum/Getty Images)

Presidente do Fed, Jerome Powell Samuel Corum (Samuel Corum/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 10 de novembro de 2022 às, 11h18.

Última atualização em 10 de novembro de 2022 às, 11h28.

As apostas de que o Federal Reserve (Fed) será mais brando na decisão de política monetária de dezembro ganharam força nesta quinta-feira, 10, após a divulgação do Índice de Preço ao Consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) de outubro nesta manhã.

O CPI de ficou em 0,4% no mês, abaixo do consenso de 0,6% de alta. No acumulado de 12 meses, a queda foi de 8,2% para 7,7%, enquanto economistas projetavam uma desaceleração para apenas 8%. Os núcleos do CPI também saíram melhores que o previsto, com alta de 0,3% no mês (ante expectativa de 0,5%) e de 6,3% na comparação anual (contra projeção de 6,5%).

As reações aos dados desta quinta foram imediatas, com investidores passando a precificar uma alta de juros mais suave já na próxima decisão do FOMC (comitê política monetária do Fed).

Até a divulgação do CPI as apostas entre uma alta de 0,75 ponto percentual (p.p.) em dezembro e uma de 0,5 p.p. seguiam divididas com 50% de chance para cada lado, segundo monitor do CME Group. Após o CPI, a probabilidade de uma elevação de 0,5 p.p saltou para próximo de 80%. Se confirmado, o ajuste levará a taxa básica de juro americana do atual intevalo de 3,75% a 4% para entre 4,25% e 4,50%.

Monitor de probabilidade de alta de juros do Fed

Monitor de probabilidade de alta de juros do Fed (CME Group/Reprodução)

Na última reunião, quando subiu sua taxa de juro em 0,75 p.p. pela quarta vez seguida, o Fed sinalizou a possibilidade de suavizar o ritmo do aperto monetário na decisão de dezembro ou fevereiro. Mas parte considerável do mercado ainda via dezembro como cedo demais -- cenário que se modifica com os dados de hoje.

"O CPI chancela agora para subir juros em velocidade mais devagar agora. Mercado reage bem, mas sabe que tem muito trabalho pela frente", disse Fabio Fares, especialista em macroeconomia da Quantzed.

Efeito nas bolsas

Com a possibilidade de o Fed ser mais brando já em dezembro, investidores voltam seus canhões para as bolsas de valores, que passaram a disparar após a divulgação do CPI. Os principais índices de Nova York apresentam fortes altas já no mercado de futuros, já que as negociações à vista abrem apenas às 11h30. O índice Nasdaq, recheado de empresas de tecnologia, chega a subir mais de 4% nesta manhã, com investidores precificando um cenário mais positivo para teses de crescimento.

As altas nas bolsas não se restrigem ao mercado americano. Índices de ações que operavam em queda na Europa, ganharam novo fôlego e entraramem terreno positivo. A exceção foi a bolsa brasileira, que reduziu as perdas, mas seguiu no vermelho em meio a temores fiscais e dados acima do esperado para a inflação local.

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