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Examinando a Bolsa: Vale cai 13% em 18 dias e bancos reforçam compra; entenda

Programa diário da EXAME Invest, que vai ao ar às 13h45 no IGTV, traz ainda entre os destaques a Petrobras, que sobe com três notícias no radar -- uma delas, puxa a alta de 19% de Eneva em 2 pregões

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Vale: produção menor diante de forte base de comparação (Washington Alves/Reuters)

Vale: produção menor diante de forte base de comparação (Washington Alves/Reuters)

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Paula Barra

Publicado em 2 de fevereiro de 2021 às, 15h30.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2021 às, 17h09.

Examinando a Bolsa — programa diário da EXAME Invest com os destaques da primeira metade do pregão — desta terça-feira, 2, apresentou os seguintes destaques:

1) Entre as poucas baixas do Ibovespa nesta sessão, aparecem as ações da Vale (VALE3), com queda de 3,8%. Nos últimos 18 dias, a mineradora recua cerca de 13%. Apesar do movimento de baixa, dois bancos reforçaram compra para os papéis hoje.

Um deles, o Credit Suisse que elevou ainda o preço-alvo dos American Depositary Receipts (ADRs) da Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5). 

2) Do outro lado, a Petrobras (PETR3; PETR4), que chegou a disparar até 6%, sobe cerca de 3% nesta tarde, com 3 notícias no radar: alta dos preços do petróleo no exterior, expectativa pelo relatório de produção do quarto trimestre, previsto para ser divulgado após o fechamento do pregão, e confirmação de que está em negociação com a Eneva (ENEV3) para a venda do Polo Urucu, na bacia de Solimões, no Amazonas.  

As ações da Eneva, que subiram 13% ontem com o rumor, avançam mais 5% hoje após o comunicado da estatal. Mais detalhes sobre os possíveis impactos dessa potencial transação nos papéis na parte final desta matéria.

3) Reportagem da EXAME Invest traz as ações mais recomendadas por bancos e corretoras para fevereiro. Os papéis da Vale e B3 lideram o ranking

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Faz sentido a disparada de Eneva? 

Após o fechamento do pregão de ontem, a Petrobras informou que recebeu propostas vinculantes para venda de totalidade de sua participação no Polo Urucu, na bacia de Solimões, no estado do Amazonas, e que iniciou fase de negociação com a Eneva (ENEV3) dos termos e condições para a potencial venda. Não foram divulgados, contudo, valores sobre a potencial transação. 

Segundo a Petrobras, a assinatura dos contratos de venda está sujeita ao êxito das negociações, que envolvem aspectos comerciais e contratuais da transação a serem aprovados pelas instâncias decisórias de ambas as partes.

Na última segunda-feira, as ações da Eneva subiram 13,51% depois de notícia de que a Petrobras teria escolhido a empresa como vencedora na disputa pelo campo de Urucu, segundo divulgou o BrazilJornal ontem, com o pregão ainda em andamento. Nesta sessão, os papéis ENEV3 avançam mais 5%.

De acordo com o Brazil Journal, a Eneva estaria perto de comprar Urucu e pagaria 30% a 40% acima da oferta inicial, feita em dezembro, de 600 milhões de dólares.

Em relatório, os analistas do Bradesco BBI comentam que a notícia é extremamente positiva para a Eneva, uma vez que esse ativo é o pilar da estratégia da companhia para se tornar o principal fornecedor de gás na região norte do país.

Na sexta-feira passada, eles publicaram um relatório em que mantiveram a recomendação neutra para os papéis ENEV3, mas elevaram o preço-alvo para 64,00 reais para incluir a potencial aquisiçaõ de Urucu em seu cenário-base.

Pelos cálculos atualizados, eles comentam que Urucu "como está" mais um crescimento da comercialização de gás com o aumento das reservas no futuro adicionariam um valor justo para os papéis de 13,00 reais, assumindo que o preço pago pelo ativo seja 35% maior do que os 600 milhões de dólares da última rodada. Com isso, "ao preço atual da ação (em 71,00, no fechamento de ontem), o nosso cenário-base já estaria totalmente precificado", comentam.

No entanto, os analistas apontam que o negócio de fornecimento de gás pode ter várias vantagens para a companhia, que não são possíveis "capturar facilmente em modelos de Excel". Como tal, eles avaliam que em um possível cenário mais otimista, o potencial de Urucu "como está" mais um crescimento da comercialização de gás poderiam adicionar um valor de até 25,00 reais por ação da companhia.

Ainda assim, eles reforçam que "os cálculos, obviamente, sofrem de falta de informações sobre Urucu (dados financeiros não disponíveis) e granularidade sobre o plano da Eneva para extrair valor deste ativo e outras reservas de gás, como Juruá (detalhes sobre o plano e o risco de execução será fundamental para avaliar o valor agregado por Urucu)". Por isso, eles optaram por manter recomendação neutra para os papéis, com o preço-alvo em 64,00 reais, citando que as informações disponíveis ainda são limitadas.

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