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A taxa básica de juros do Federal Reserve (Fed), em elevação há um ano para tentar conter a inflação, pode aumentar além do ponto de parada esperado, de 5,1%, advertiu, nesta terça-feira, 7, o presidente do banco central americano, Jerome Powell.

"Os dados econômicos mais recentes são mais sólidos do que o esperado, o que sugere que o nível final da taxa pode ser mais alto do que o previsto", disse Powell a um comitê do Senado.

O Fed irá atualizar suas previsões econômicas nos próximos dias 21 e 22, em sua próxima reunião de política monetária.

Depois de várias fortes altas dos juros, o Fed começou a moderar os aumentos, que buscam desaquecer a economia por meio de uma redução do consumo e do investimento, ao encarecer o crédito. Em sua última reunião, no mês passado, o BC americano aprovou um aumento de um quarto de ponto, cifra considerada padrão pelo mercado.

Mas, segundo Powell, essa tendência pode voltar a mudar. "Se todos os dados indicam que um ajuste mais rápido se justifica, estaríamos dispostos a aumentar o ritmo de aumento dos juros", disse ele aos congressistas.

A taxa está em 4,5%-4,7%, contra 0%-0,25% durante a pandemia, quando o Fed buscava impulsionar a demanda. "Embora a inflação tenha se moderado nos últimos meses, o processo de redução para 2% será longo", acrescentou o titular do banco central.

A força do mercado de trabalho, o gasto dos consumidores, a produção industrial e os dados de inflação de janeiro deram conta de uma reversão parcial da tendência, possivelmente devido ao clima excepcionalmente favorável em janeiro, arriscou Powell.

Força econômica

Em reação aos comentários de Powell, Wall Street, que abriu em compasso de espera, operava em baixa. Segundo o índice PCE, o preferido do Fed, a inflação em 12 meses subiu para 5,4% em janeiro, levemente acima do registrado em dezembro (5,3%).

O índice de preços ao consumidor (CPI, sigla em inglês) teve leve queda, para 6,4% em 12 meses em janeiro, em comparação com 6,5% no ano encerrado em dezembro.

Já na comparação mês a mês, os Estados Unidos registraram um aumento de preços pela primeira vez desde setembro, de 0,5% em relação ao último mês de 2022.

A taxa de desemprego também mostra a força da maior economia do mundo, situando-se em 3,4%, o menor índice em mais de 50 anos. Os salários em alta impulsionam a demanda e as altas de preços.

"Manteremos a rota até que o trabalho seja concluído", reforçou Powell.

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