Estímulo chinês, Lula no JN, follow-on do IRB, debêntures da Braskem e o que mais move o mercado
Entrevistas de presidenciáveis esquentam clima de eleições; nos Estados Unidos, índices futuros operam em alta, com dados econômicos e Jackson Hole no radar
(Gustavo Minas/Bloomberg/Getty Images)
29 de agosto de 2022, 06h36
Os principais indicadores do mercado internacional refletem maior apetite ao risco na manhã desta quinta-feira, 25, com bolsas em alta e o dólar em queda. Índices de confiança acima das expectativas na Alemanha e nova rodada de estímulos na China aliviam a tensão de investidores antes do aguardado discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole, previsto para sexta-feira, 26. A expectativa é de que a participação de Powell no maior evento de banqueiros centrais do mundo marque uma guinada (ainda) mais contracionista no combate à inflação americana.
Mas, por ora, políticas expansionistas da segunda maior economia do mundo e sinais de esperança na Europa contribuem com o humor do mercado. Na China, o governo local anunciou a injeção de mais RMB 300 bilhões (US$ 44 bilhões), para sustentar o crescimento diante de restrições para conter a covid-19 no país. A soma dos estímulos recentes do país asiático já chega a RMB 1 trilhão (US$ 146 bilhões), pelas contas da Bloomberg.
Bolsas da Ásia fecharam em firmes altas nesta madrugada. O grande destaque ficou com o principal índice de Hong Kong, que saltou mais de 3%. Parte do bom humor se reflete no mercado ocidental, mas em menor ritmo.
Índices futuros operam em leve alta nos Estados Unidos, tendo no radar o início do evento em Jackson Hole nesta quinta e dados da economia americana previstos para esta manhã. O mais importante será a primeira revisão do PIB americano do segundo trimestre, para o qual a expectativa é de correção da queda de 0,9% para 0,7%, ainda mantendo o país numa recessão técnica. Também serão divulgados nesta quinta os pedidos semanais de seguro desemprego.
Desempenho dos indicadores às 7h40 (de Brasília):
- Dow Jones futuro (Nova York): + 0,32%
- S&P 500 futuro (Nova York): + 0,57%
- Nasdaq futuro (Nova York): + 0,72%
- FTSE 100 (Londres): + 0,20%
- DAX (Frankfurt): + 0,26%
- CAC 40 (Paris): + 0,01%
- Hang Seng (Hong Kong)*: + 3,63%
- Shangai Composite (Xangai)*: + 0,97%
Agenda política com pesquisa e Lula no JN
No Brasil, sem grandes divulgações econômicas, o dia será tomado pela agenda política. Pesquisa eleitoral EXAME/Ideia desta quinta confirmou a tendência de maior acirramento da disputa, já indicada em enquetes recentes de outras organizações.
A diferença, segundo a pesquisa, caiu de 11 para 8 pontos percentuais. Luiz Inácio Lula da Silva manteve 44% das intenções de voto, mas o atual presidente Jair Bolsonaro saiu de 33% para 36% das intenções.
Nesta noite, as atenções devem estar com a entrevista de Lula ao Jornal Nacional. O ex-presidente será o último dos quatro candidatos com maiores intenções de voto a participar do jornal de maior audiência do país. Jair Bolsonaro participou na última segunda-feira, Ciro Gomes, na terça, e Simone Tebet, será na sexta-feira, 26.
IRB aprova follow-on
O Conselho de Administração do IRB (IRBR3) aprovou a emissão de 597 milhões de ações em oferta subsequente (follow-on, em inglês) de distribuição primária -- em que o caixa recebido vai para os cofres da empresa. O preço por ação ainda será definido, mas, pela cotação atual, de R$ 2, a oferta pode movimentar cerca de R$ 1,2 bilhão. O dinheiro, segundo o IRB, será usado para a "regularização dos indicadores regulatórios estabelecidos pela SUSEP [Superintendência de Seguros Privados]".
Braskem
A Braskem (BRKM5) aprovou sua 17ª emissão de debêntures, em que deverá levantar R$ 750 milhões. A remuneração aos investidores terá como base a taxa DI acrescida de 1,75% ao ano.
Últimas Notícias
Americanas: após 23 dias desde anúncio do rombo, 6 diretores são afastados em meio a investigações
Há menos de um minuto • 1 min de leituraCVC: reservas de viagens crescem 90% em janeiro e sugerem retomada forte do turismo
Há menos de um minuto • 1 min de leituraFed: após "super" payroll, mercado reduz aposta de queda de juros nos EUA ainda em 2023
Há menos de um minuto • 1 min de leituraBrands
Uma palavra dos nossos parceiros
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.
leia mais