Decisão do BCE, ressaca pós-Copom, balanço da Ambev e o que mais move o mercado
Mercado segue em modo cautela, apesar de sinalização de fim de alta de juros nos Estados Unidos; Europa aguarda BCE
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Christine Lagarde, presidente do BCE (Thomas Lohnes/Pool/Reuters)

Publicado em 4 de maio de 2023 às, 07h46.
Última atualização em 4 de maio de 2023 às, 08h01.
O mercado internacional segue de lado na manhã desta quinta-feira, 4, apesar das sinalizações de que o Federal Reserve (Fed) irá interromper a sequência de altas de juros em sua próxima reunião, em junho.
Digerindo o Fed
Na última tarde, o Fomc (comitê de política monetária do Fed) elevou sua taxa de juro em 0,25 ponto percentual para entre 5% e 5,25%, como o esperado. Mas, diferentemente das últimas altas de juros, não reiterou que novas altas adicionais seriam necessárias.
A omissão do trecho presente em comunicados anteriores foi suficiente para o mercado reduzir suas apostas em novas altas. A probabilidade implícita de o Fed voltar a subir juro em junho, que era próxima de 10% antes da decisão de ontem, caiu para próximo de 1%. Essa dúvida foi alimentada, de certa forma, pelo próprio Fed, que não descartou de forma veemente a pausa no ciclo de altas na próxima reunião.
A probabilidade elevada de o Fed ter feito sua última alta na tarde passada derrubou o preço do dólar, mas teve pouco efeito sobre as bolsas, que fecharam o último pregão em queda.
Decisão do BCE
Índices futuros de Nova York seguem sem uma direção definida na manhã desta quinta. Mas na Europa o tom é amplamente negativo, com investidores à espera da decisão do Banco Central Europeu, prevista para às 9h15. Por lá, a expectativa é de uma alta de 0,25 p.p., mas não há tanta esperança de que o aperto monetário esteja tão perto do fim quanto nos Estados Unidos.
Copom mais brando
No Brasil, a esperada queda de juros é um sonho. Mas que, ao menos por enquanto, não é realidade. Na última noite, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a taxa de juros Selic inalterada em 13,75% pela sexta reunião consecutiva. A novidade do comunicado ficou para o trecho em que afirma "ser um cenário menos provável" a possibilidade de ter que voltar a subir juros.
Balanços do dia: Ambev, Bradesco e mais
Além das decisões de política monetária, investidores deverão reagir nesta quinta aos últimos resultados da temporada de balanços. O destaque do dia deve ficar com o balanço da Ambev, divulgado nesta manhã, A gigante de bebidas apresentou lucro líquido de R$ 3,82 bilhões no primeiro trimestre, 8,2% a mais do que no mesmo período do ano passado. O volume de vendas, no entanto, caiu devido à operação internacional.
O mercado também reagirá nesta quarta aos pregões da noite passada. Entre eles estiveram os do Mercado Livre (MELI34, leia sobre o balanço aqui), GPA (PCAR3 leia aqui), Renner (LREN3, leia aqui), CSN (CSNA3), Taesa (TAEE11) e PetroRio (PRIO3, leia aqui).
A noite ainda será longa para os analistas de mercado, com uma série de balanços previstos para após o encerramento do pregão. Entre os mais aguardados estão o do Bradesco e da Eletrobras.
Veja as principais empresas que divulgarão balanço nesta quinta:
- Embraer (EMBR3, pré-abertura)
- Bradesco (BBDC4, pós-fechamento)
- Eletrobras (ELET3, pós-fechamento)
- Assaí (ASAI3, pós-fechamento)
- Ambev (ABEV3), pré-abertura)
- Petz (PETZ3, pós-fechamento)
- Soma (SOMA3, pós-fechamento)
- Via (VIIA3, pós-fechamento)
- Fleury (FLRY3, pós-fechamento)
- Rumo (RAIL3, pós-fechamento
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