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Crise de energia é vingança de combustíveis fósseis, diz head do Goldman
Para Jeff Currie, chefe global de pesquisa de commodities do banco americano, redução de investimentos em fontes 'sujas' levou a esse desequilíbrio, que pode levar tempo para ser equacionado
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Planta de gás natural na Bolívia: preços em contratos futuros subiram cerca de 120% neste ano | Foto: Noah Friedman-Rudovsky/Getty Images (Noah Friedman-Rudovsky/Getty Images)
Publicado em 29 de setembro de 2021 às, 10h21.
Última atualização em 29 de setembro de 2021 às, 13h05.
Da Bloomberg
Para Jeff Currie, chefe global de pesquisa de commodities do Goldman Sachs, a crise de energia que levou o gás natural e os preços da energia a patamares recordes é um sinal de “vingança” de fontes tradicionais “subinvestidas”, como combustíveis fósseis.
“O baixo retorno fez com que o capital fosse redirecionado da velha economia para a nova economia”, disse Currie em entrevista à Bloomberg TV em conjunto com Marco Alvera, CEO da Snam, uma empresa de infraestrutura de gás. “Não é exclusivo da Europa, não é exclusivo da energia, é um amplo problema da velha economia.”
A falta de gás expôs vulnerabilidades nas cadeias de suprimento de energia globais nos últimos meses, causando o colapso de pequenas empresas de energia do Reino Unido. Mercados europeus de gás natural e licenças de carbono, por exemplo, atingiram recordes na terça-feira, dia 28, sinalizando que a escassez deve piorar com o início do inverno.
O investimento em gás, em particular, precisa ser aumentado para evitar mais volatilidade durante a transição energética, disse Currie. Segundo ele, o problema começou quando investimentos de ciclos longos foram “evitados” após a crise financeira de 2008.
“Em muitas partes do mundo, houve muita construção eólica, muita construção de energia solar”, acrescentou, destacando a falta de investimentos em carvão, metais e mineração. “A nova economia está superinvestida, e a velha economia está faminta.”
Os preços das commodities precisam subir “muito mais para obter retornos suficientes e começar a atrair capital”, disse Currie. “As pessoas queriam um retorno rápido, e agora estamos pagando o preço por isso.”
Armazenamento e hidrogênio
De acordo com Alvera, CEO da Snam, a Europa precisa elevar a capacidade estratégica de armazenamento de gás para estabilizar o mercado global e compensar a intermitência das fontes de energia renováveis. Ele espera que os preços do gás caiam rapidamente durante o verão no Hemisfério Norte.
“Temos muito armazenamento de petróleo, muito estoque de petróleo, mas no Reino Unido quase não há armazenamento de gás e, na Europa, o armazenamento está metade vazio”, disse Alvera.
Alvera, que publicou recentemente um livro sobre hidrogênio, disse que o combustível pode atuar como uma força estabilizadora nos mercados de energia.
“O que foi exposto é que você pode ter quantos parques eólicos quiser, mas, se não tiver vento, então tem um problema”, acrescentou. O hidrogênio pode ser adicionado à matriz energética, diz.
Uma transição mais ordenada poderia ocorrer com a queda dos custos dos recursos renováveis, disse Alvera. Mas as pressões sobre os preços globais das commodities não vão desaparecer tão cedo, de acordo com Currie.
“Esta é a primeira volta de um superciclo de commodities de vários anos, e potencialmente de uma década”, disse Currie. “É impulsionado pela guerra contra a mudança climática, pela guerra contra a desigualdade de renda. Todas essas dinâmicas levam a um aumento estrutural da demanda por commodities contra essa ideia de vingança da velha economia.”
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