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Com um lucro de R$ 8,55 bilhões, o Banco do Brasil (BBAS3) apresentou o melhor resultado entre os quatro grandes bancos da bolsa brasileira no primeiro trimestre. A estatal ficou à frente do Itaú (ITUB4), que teve um lucro de R$ 8,43 bilhões, e apresentou um resultado superior aos balanços de Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) somados. O BB já havia superado os pares no resultado do trimestre passado.

Nos três primeiros meses de 2023, a carteira de crédito do BB cresceu 16% na comparação ano a ano, superando os pares privados que seguem mais conservadores na concessão. O motivo do pé no freio é a alta na taxa básica de juro, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano. Os juros altos pressionam a inadimplência e deixam os bancos mais receosos em abrir a carteira. 

O Banco do Brasil, no entanto, está em uma situação diferente dos pares. A carteira de crédito ampliada atingiu a marca de R$ 1,03 trilhão em março de 2023, alta anual de 16,8%.

“Crescemos o crédito com responsabilidade, totalmente em linha com expansão da carteira. O BB em comparação aos pares é o que apresenta menor risco de crédito da carteira em função das linhas que elegemos que seriam os grandes potencializadores desse crescimento, como o consignado para a pessoa física [e o agronegócio]”, afirmou Marco Geovanne da Silva, CFO do BB, em coletiva com jornalistas nesta terça-feira, 16. 

O CFO destacou também a diversificação do portfólio, que tem uma divisão muito próxima das parcelas concedidas para os segmentos de agronegócio, pessoa física e pessoa jurídica.

O trunfo vem principalmente do agro, um setor que tem performado bem e que apresenta uma inadimplência abaixo da média. A parcela voltada para o agronegócio foi a que mais cresceu no período – 26,7% de alta na comparação anual e expansão de 4,1% no trimestre contra trimestre. Já a inadimplência superior a 90 dias do setor ficou em 0,59%, resultado levemente acima dos 0,52% do trimestre passado e em linha com os 0,6% do mesmo período de 2022.

O BB destaca ainda que a inadimplência do crédito para pessoa física – grande gargalo de concorrentes como o Bradesco – chegou a um pico em dezembro do ano passado. A carteira cresceu 11,7% na comparação anual e 3,6% frente ao último trimestre. O indicador de inadimplência, por sua vez, caiu de 5,44% no último trimestre para 5,39% ao final dos três primeiros meses deste ano. 

O resultado do Banco do Brasil é sustentável?

O Banco do Brasil apresentou a maior rentabilidade do setor bancário no trimestre, com um  retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 21%. Ao apresentar seus resultados, a administração reforçou que pretende focar na eficiência do banco e manter os indicadores no alto patamar conquistado. 

Perguntada sobre como o BB pretende se posicionar em eventuais políticas anticíclicas do governo em relação ao crédito, a presidente Tarciana Medeiros reforçou que o banco vai continuar amparado em seus modelos de risco.

“A concessão de crédito sempre estará ligada aos nossos modelos de concessão de crédito que são muito robustos. Está fora de questão para nós a possibilidade de atuar com uma política sem amparo técnico”, disse.

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