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Com estrutura maior, Oncoclínicas reduz despesas e fica mais rentável no 1º tri

Grupo especilizado no tratamento médico oncológico cresceu com aquisições e parcerias e passou a atender procedimentos mais complexos, o que levou ao terceiro trimestre de lucro e margem recorde

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Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas: plano de expansão acelerado depois do IPO em agosto | Foto: Divulgação (Oncoclínicas/Divulgação)

Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas: plano de expansão acelerado depois do IPO em agosto | Foto: Divulgação (Oncoclínicas/Divulgação)

Ganhar rentabilidade quando todo o setor enfrenta desafios é uma missão complexa, mas foi o que conseguiu a Oncoclínicas (ONCO3) em seu primeiro trimestre de 2023, o terceiro de lucro e com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) 145% maior, além de margem recorde.

No primeiro trimestre, o lucro líquido reportado foi de R$ 41,2 milhões, contra uma prejuízo líquido de R$ 15 milhões. O ganho na última linha veio da redução do custo da dívida, mas especialmente de melhorias operacionais. No período, a receita líquida avançou 60%, para R$ 1,3 bilhão, sendo 33% vindo de crescimento orgânico - um importante indicador para uma companhia que acelerou aquisições desde seu IPO, em 2021.

"A companhia está focada e atua em um segmento altamente resiliente, com o time entregando eficiência operacional e assistencial", argumenta Bruno Ferrari, CEO da Oncoclínicas, em entrevista à EXAME Invest. Um exemplo da eficiência operacional está especialmente na redução das despesas SG&A (de vendas, gerais e administrativas), que caíram e levaram a um Ebitda de R$ 276,9 milhões, 145,4% maior que um ano antes e com margem de 21,4%, 7,4 pontos percentuais a mais.

Grande parte das melhorias de resultado veio pelo ganho de escala, explica o executivo, em entrevista ao lado do CFO, Cristiano Camargo. Desde 2021 foram 12 aquisições e três grandes joint ventures anunciadas, como a com a Unimed. O custo de capital mais alto, por causa do aumento dos juros básicos, é "punitivo", dizem os executivos, ainda assim, há muitas oportunidades de novas aquisições.

"A empresa tinha e continua tendo um pipeline muito ativo de aquisições. O mercado de oncologia é muito ativo no Brasil. Então o espaço é muito grande ainda para continuar crescendo por fusões e aquisições", diz Camargo. Ainda assim rele reconhece que o ano será mais de digestão das integrações dos ativos, o que já permitirá crescimento ao longo do ano, dado o aumento dos procedimentos e da maior participação na jornada do paciente.

Hoje, o grupo além de unidades ambulatoriais tem seis cancer centers, que oferecem procedimentos de maior complexidade. Do aumenro da receita, 80% vem do maior volume de procedimentos, o que vem de aumento de fluxo de pacientes, ganho de market share e maior cobertura dos procedimentos, indo desde o início até o fim do tratamento do paciente oncológico.

Ainda assim, mesmo que as aquisições diminuam o ritmo, novas parcerias podem acontecer, conta Ferrari. Além do acordo operacional de longo prazo (60 anos) com o Grupo Santa Lúcia no Distrito Federal no primeiro trimestre deste ano, a empresa tem parcerias com os planos de saúde, como Unimed e Porto. "Por ser altamente especializada, a empresa se encaixa em várias engrenagens. Estamos nos tornando cada vez mais uma alternativa para que o plano de saúde verticalize a oncologia conosco. A empresa está bastante ativa e isso vai nos permitir aumentar capilaridade Brasil afora", diz o CEO citando municípios de maior porte mas que não são as capitais dos Estados, por exemplo.

Cenário macro e do setor pressiona capital de giro

Não fosse a dinâmica de pressão ainda bastante intensa dos planos de saúde pela alta sinistralidade, a companhoa não teria desafios a apontar para 2023, segundo Camargo. Esse contexto desafiou a geração de caixa, por causa da prssão sobre o capital de giro. "O que tem se refletido para todos os prestadores de serviço médico é uma demanda por capital de giro, demandado mais prazo para pagamento. Tivemos que ser mais intensivo no capital de giro para fazer frente à demanda dos clientes. Isso tende a arrefecer nos próximos trimestres à medida que a sinistralidade reduz e os reajustes são feitos", explica.

"Isso se refletiu no aumento de recebíveis em 11 dias e na descontinuação da operação de risco sacado, resultando na elevação da relação dívida líquida/EBITDA anualizado da empresa de 2,7x para 3,0x. O lado positivo é que a empresa já mencionou que essa tendência foi revertida em abril, com fluxo de caixa operacional positivo observado no mês em R$ 72 milhões", observou a equipe do Itaú BBA em relatório distribuído após os resultados.

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