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Com chances de listagem em Nova York, Aura Minerals investe R$ 2,4 milhões na Altamira Gold

Empresa também divulgou números operacionais do segundo trimestre, com aumento de 7% na produção

A Aura divulgou que a produção total de 64.033 onças equivalentes de ouro (GEO), no segundo trimestre. Um aumento de 7% em relação ao primeiro trimestre de 2025. (rawpixel.com/Freepik)

A Aura divulgou que a produção total de 64.033 onças equivalentes de ouro (GEO), no segundo trimestre. Um aumento de 7% em relação ao primeiro trimestre de 2025. (rawpixel.com/Freepik)

Juliana Alves
Juliana Alves

Repórter de mercados

Publicado em 4 de julho de 2025 às 11h41.

Última atualização em 4 de julho de 2025 às 12h21.

A Aura Minerals (AURA33) anunciou a aquisição de 6 milhões de units da Altamira Gold Corp. por 600 mil dólares canadenses (R$2,4 milhões), com foco no potencial de exploração da companhia. A compra foi acompanhada pela divulgação da prévia de produção do segundo trimestre de 2025, que registrou 64.033 onças equivalentes de ouro (GEO), aumento de 7% em relação ao trimestre anterior.

Cada unit adquirida pela Aura é composta por uma ação ordinária e meia opção de compra de ações, o Warrant, com preço de exercício 15 centavos de dólar canadense por ação, válido até 30 de junho de 2027. Com a transação, a Aura passou a deter 30 milhões de ações e 27 milhões de Warrants da Altamira, representando 11,3% das ações emitidas e em circulação (não diluídas) e 19,5% em termos diluídos. Antes da compra, a participação da Aura era de 24 milhões de ações e 24 milhões de Warrants, o que representava 11,3% não diluído e 20,3% diluído.

A Aura reafirmou que pode continuar comprando ou vendendo ações da Altamira, dependendo das condições de mercado e da evolução dos projetos. A companhia também mantém um portfólio robusto, com cinco minas operacionais, incluindo Apoena, Almas, Minosa, Borborema e Aranzazu, além de explorar mais de 630 mil hectares de direitos minerais, com projetos como Cerro Blanco, na Guatemala, e Matupá, no Brasil.

A companhia, além de estar focada em projetos de mineração de ouro e metais básicos, anunciou em junho sua intenção de levantar cerca de US$ 200 milhões com um IPO na Nasdaq. A oferta visa expandir ainda mais seus projetos de exploração e consolidar sua presença internacional, especialmente no mercado americano, onde a demanda por investimentos em mineração tem mostrado crescimento significativo.

Prévia dos Resultados de Produção do 2T25

A Aura também divulgou a prévia dos resultados de produção do segundo trimestre de 2025, com destaque para a produção total de 64.033 onças equivalentes de ouro (GEO), um aumento de 7% em relação ao primeiro trimestre e em linha com o 2T24. Quando ajustada para preços constantes, a produção da Aura cresceu 9% tanto em relação ao 1T25 quanto ao 2T24.

O GEO é a métrica utilizada para calcular a produção de ouro equivalente, incluindo a conversão de outros metais como prata e cobre com base no preço médio desses metais no período.

Produção por Mina:

  • Aranzazu: Produção de 22.281 GEO, com 9% de aumento em relação ao 1T25, mas 10% a menos em comparação ao 2T24, devido ao impacto do aumento no preço do ouro.

  • Minosa: Produção de 18.039 GEO, um aumento de 2% em relação ao trimestre anterior, mas queda de 6% frente ao 2T24, dentro das expectativas.

  • Almas: Produção de 12.917 GEO, com um aumento de 22% em relação ao 2T24, mas uma leve queda de 1% frente ao 1T25, refletindo melhorias no desempenho da mina.

  • Apoena: Produção de 8.219 GEO, queda de 17% em relação ao 2T24 e 7% frente ao 1T25, devido ao menor teor de minério e fase de investimentos na mina, mas dentro das expectativas da empresa.

  • Borborema: Produção preliminar de 2.577 GEO, após a primeira fundição de ouro do projeto. A Aura mantém o cronograma e espera declarar produção comercial até o fim do 3T25.

Expectativas

A Aura continua com projetos de expansão em andamento, como o Matupá, no Brasil, e o Cerro Blanco, na Guatemala. A produção de Borborema segue conforme o planejado, com a expectativa de que a produção comercial seja declarada até o final de 2025.

Com uma estratégia focada em crescimento sustentável e investimentos estratégicos, a Aura segue otimista quanto ao potencial de suas minas e novos projetos, consolidando sua posição no mercado de metais preciosos.

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