Cielo dispara 7% após novos rumores de cisão entre BB e Bradesco
A Alelo, empresa de benefícios corporativos que tem os 2 bancos como sócios, terá sua própria plataforma de adquirência, abrindo espaço para saída de um dos acionistas controladores do negócio da Cielo
Rumores levaram as ações da Cielo à sua maior alta desde janeiro| Foto: Reuters (Reuters/Reuters)
26 de maio de 2021, 13h17
As ações da Cielo (CIEL3) lideraram os ganhos do Ibovespa nesta terça-feira, 25, subindo 7,63% após reportagem do portal Neofeed anunciar que a Alelo vai ter uma plataforma própria de adquirência.
Invista com o maior banco de investimentos da América Latina. Abra sua conta no BTG Pactual digital
Como a empresa atualmente usa a plataforma de adquirência da Cielo, a notícia trouxe à tona a possibilidade de cisão entre os sócios da líder do mercado das maquininhas, Bradesco (BBDC3; BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), que também são controladores da Alelo. A empresa de benefícios corporativos faz parte do grupo Elopar, uma holding criada pelos dois bancos, enquanto a Cielo tem o Bradesco e o BB como acionistas controladores.
“A notícia animou os investidores porque, em caso de saída de um dos sócios, o valor pago para que ele deixe sua fatia na empresa seria maior que o preço atual de negociação do papel. Isso porque a saída de um sócio exige um pagamento em valor patrimonial acrescido de um prêmio”, explica Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos.
Os rumores levaram as ações da Cielo à sua maior alta desde janeiro, tirando o papel do terreno negativo no acumulado do ano. Até ontem, a empresa de meios de pagamento recuava mais de 4% em 2021, e agora já avança 2,25%.
Regis Chinchila, analista da Terra Investimentos, destaca também que a separação pode abrir novos caminhos para a Alelo. “Ainda está no campo da possibilidade, mas uma futura cisão [entre Alelo e Cielo] poderia dar maior clareza aos ativos, principalmente da Alelo, fazendo com que o retorno ao acionista tivesse maior potencial. Fazendo um paralelo, podemos citar o caso do Pão de Açúcar (PCAR3) e da Assaí (ASAI3).”
O analista se refere ao que se convencionou chamar no mercado de processo para destravar valor.
A rede de supermercados e a sua divisão de atacarejo finalizaram uma cisão no início do ano e, no primeiro pregão de negociação solo do Assaí, em março, seus papéis dispararam quase 400%, enquanto os do Pão de Açúcar recuaram mais de 70%. Passados dois meses, ASAI3 acumula valorização de 24%, enquanto PCAR3 ainda recua 54%.
Nota da redação: A primeira versão desse texto informava que a Alelo teria sua própria maquininha. A reportagem foi atualizada às 12h27 para incluir a informação de que a empresa deve continuar utilizando as maquininhas das credenciadoras.
Esteja sempre informado sobre as notícias que movem o mercado. Assine a EXAME
Últimas Notícias
Cinco tendências para o mercado de fusões e aquisições, segundo a WTW
Há menos de um minuto • 1 min de leituraPetrobras: Prates defende empresa como 'grande impulsionadora' da transição energética no país
Há menos de um minuto • 1 min de leituraIbovespa tem 3ª semana seguida no azul, mas sobe apenas 0,25%
Há menos de um minuto • 1 min de leituraPetrobras: veja as quatro preocupações dos investidores após Prates assumir o comando
Há menos de um minuto • 1 min de leituraBrands
Uma palavra dos nossos parceiros
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.
leia mais