China pior que em 2020, venda do Big, Burger King e o que move o mercado
Primeiro-ministro chinês alerta sobre dificuldades econômicas do país, que insiste na política de covid-zero
Guilherme Guilherme
Publicado em 26 de maio de 2022 às 07h14.
Última atualização em 26 de maio de 2022 às 07h20.
Índices de ações americanos, que tocaram máxima intradia após a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) na última tarde, operam próximos da estabilidade no mercado de futuros nesta manhã de quinta-feira, 26.
A ata confirmou as expectativas do mercado sobre a manutenção do ritmo de alta de juros nos Estados Unidos, afastando a possibilidade de uma elevação mais agressiva nas próximas reuniões. O efeito causado pelo documento contribui com o tom levemente positivo na Europa, onde as bolsas fecharam antes de sua divulgação.
Mas a cautela quanto à desaceleração da economia global ainda paira no radar de investidores. Juros mais altos têm contribuído com essa percepção, mas os temores também se devem à menor atividade da China, onde políticas de covid-zero permanecem.
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, disse nesta madrugada que em alguns aspectos a economia chinesa está pior que em 2020, quando o mundo foi abalado pelo início da pandemia. As declarações foram interpretadas como um sinal de que o país poderá não alcançar a meta de crescimento neste ano de 5,5% do PIB.
A expectativa de uma China mais fraca derrubou o preço do minério de ferro, que fechou em queda de 2,3% na bolsa de Dalian, segundo a Reuters. O petróleo, porém, vem sendo negociado em alta, com investidores reagindo à redução acima da esperada dos estoques dos Estados Unidos.
Nesta quinta, o mercado ainda deve repercutir a divulgação da primeira revisão do PIB americano do primeiro trimestre. A expectativa é de que o número seja revisado de queda de 1,4% para 1,3%. Na agenda, também estão os pedidos semanais de seguro desemprego dos Estados Unidos.
Veja a seguir o desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):
- Hang Seng (Hong Kong): - 0,27%
- SSE Composite (Xangai): + 0,50%
- FTSE 100 (Londres): + 0,12%
- DAX (Frankfurt): + 0,57%
- CAC 40 (Paris): + 0,60%
- S&P futuro (Nova York):+ 0,19%
- Nasdaq futuro (Nova York): - 0,15%
Cade aprova venda do BIG
A venda da rede BIG para o Atacadão recebeu o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A conclusão da negócio, no entanto, ainda depende dos remédios estabelecidos pelo órgão: a venda de 11 hipermercados/atacarejos e 3 supermercados. As 14 lojas representam 3,6% do número total e 6% da receita do BIG de 2021.
Burger King
Ariel Grunkraut, vice-presidente do Burger King Brasil, assumirá o comando da companhia, com a saída do atual CEO Iuri Miranda. A mudança foi anunciada na última noite. "Iuri e Ariel dão início agora à execução do plano de sucessão planejado, que se estenderá até o final do ano de 2022, visando a assegurar uma transição estruturada e bem-sucedida", informou a empresa.