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Remy Sharp
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A petroquímica Braskem (BRKM5) registrou um prejuízo bilionário no quarto trimestre de 2022. A empresa saiu do lucro de R$ 530 milhões um ano antes para R$ 1,7 bilhão em perdas atribuídas aos acionistas. O resultado foi fortemente impactado por questões de oferta e demanda do PVC e outros insumos que a companhia produz e cujos preços ficaram pressionados no segundo semestre de 2022. No ano, prejuízo foi de R$ 335 milhões.

A receita líquida da empresa caiu 33%, para R$ 18,99 bilhões. No ano, a queda foi bem menor, de 9%, para R$ 96,52 bilhões, mostrando como a segunda metade de 2022 desafiou o negócio. A Braskem explica que os spreads dos produtos petroquímicos e químicos no mercado internacional continuaram sendo impactados pela dinâmica entre oferta e demanda global.

Segundo a empresa, vários fatores contribuíram para a menor demanda no período, como: as medidas da política “COVID-zero” impactando o crescimento da China e as incertezas do cenário nos Estados Unidos e na Europa.

"Adicionalmente, o aumento da oferta de produtos com a entrada de novas capacidades de PE e PP em operação nos Estados Unidos e na China também contribuiu para a queda dos spreads petroquímicos e químicos no mercado internacional."

Ebitda

Nesse contexto, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 168 milhões no quarto trimestre, ante R$ 6,3 bilhões de resultado positivo registrado um ano antes. Por trás do número estão menores spreads internacionais de PE, PP, PVC e principais químicos no Brasil, PP nos Estados Unidos e Europa, e de PE no México.

Também pesou o menor volume de vendas de resinas e de principais químicos no segmento Brasil, de PP na Europa e de PE no segmento México; e a atualização sazonal de provisões, sem impacto na geração de caixa, no valor de cerca de R$ 248 milhões. Por fim, a valorização do real ante o dólar também impactou. Parte desses efeitos foram compesados pelo maior volume de vendas de PE Verde no segmento Brasil e de PP nos Estados Unidos. No ano, o Ebitda ficou 65% menor, a R$ 10,57 bilhões.

Diante disso, a alavancagem da companhia aumentou, passando de 0,94 vez para 2,42 vezes, o que a empresa pondera ser um patamar saudável para seus negócios. Além disso, a posição de caixa ao final de 2022 foi de US$ 2,4 bilhões, patamar que garante a cobertura dos vencimentos de dívida nos próximos 60 meses, não considerando a linha de crédito rotativo internacional (stand by) disponível no valor de US$ 1 bilhão, com vencimento em 2026.

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