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“Brasil está fazendo a lição de casa”, diz CEO do Santander após revisão da Fitch

Agência de risco elevou a nota de crédito do país e apontou perspectiva estável para a economia

Mario Leão, CEO do Santander Brasil: corte na Selic deve favorecer ambiente para bolsa (Santander Brasil/Divulgação)

Mario Leão, CEO do Santander Brasil: corte na Selic deve favorecer ambiente para bolsa (Santander Brasil/Divulgação)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 26 de julho de 2023 às 14h32.

Última atualização em 26 de julho de 2023 às 15h23.

Mario Leão, CEO do Santander Brasil, acredita que o País está no caminho certo – e a revisão da nota de crédito pela Fitch é um indicativo disso. Nesta manhã, a agência de classificação de risco elevou o rating do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável. 

“O Brasil está fazendo a lição de casa. O barulho diminuiu e o ambiente macroeconômico melhorou, o que permite a revisão de rating e o Ibovespa a 120 mil pontos. As coisas começam a se alinhar”, disse o CEO em coletiva com jornalistas para comentar os resultados do banco no segundo trimestre.

A Fitch é a segunda agência de risco que muda a nota de crédito do Brasil este ano. Em junho, a S&P Global Ratings alterou a perspectiva de rating do País de estável para positiva.

Não estou surpreso com a boa vontade da Faria Lima com o governo, com o ministro Haddad se consolidando. Claro que o governo precisa continuar entregando [resultados], mas a direção me parece boa”, afirmou. 

Grande parte do pessimismo do mercado com a economia vem se dissipando nos últimos meses com o avanço da agenda econômica. Entre os motivos, estão a aprovação do arcabouço fiscal, o avanço da reforma tributária e o arrefecimento da inflação, que abre espaço para o início do ciclo de corte de juros.

A expectativa do mercado é de uma revisão na Selic já na próxima reunião, em agosto. A taxa está atualmente no patamar de 13,75% ao ano.

Diante desse cenário, Leão espera uma reação positiva na bolsa. Embora parte do movimento já esteja precificada, o CEO avalia que o corte efetivo da Selic deve favorecer uma tendência de ganhos. 

“O Brasil estava subalocado nas carteiras dos estrangeiros. E os investidores domésticos, que estavam muito pessimistas, estão voltando a comprar. Tudo isso somado é positivo para a bolsa”, defendeu. O Ibovespa subiu esta semana para cima do patamar de 120 mil pontos, alcançando sua maior pontuação em quase dois anos.

Santander no 2º trimestre

O Santander apresentou lucro líquido de R$ 2,309 bilhões no segundo trimestre, uma queda de 43,5% na comparação anual. Frente aos três primeiros meses do ano, o lucro subiu 7,9%.

Para a administração do banco, os números já começam a dar sinais de recuperação, especialmente na frente de inadimplência e provisões para devedores duvidosos (PDD)

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