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Bovespa sobe, mas vencimento e feriado distorcem pregão

Os negócios locais da bolsa devem ficar distorcidos até o começo da tarde, por causa da briga entre comprados e vendidos

Na abertura, o Ibovespa sobe 0,24%, aos 59.288,55 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

Na abertura, o Ibovespa sobe 0,24%, aos 59.288,55 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2012 às 10h44.

São Paulo - O vencimento de opções sobre ações concentra as primeiras horas do pregão da Bovespa hoje e pode atrapalhar a renovada tentativa de superar os 60 mil pontos nesta sessão. Depois de ter postergado a missão de reconquistar esse patamar por mais uma semana, os negócios locais devem ficar distorcidos até o começo da tarde, por causa da briga entre comprados e vendidos. Mas o feriado nos EUA deve limitar o volume financeiro. Às 11h18, o Ibovespa subia 0,24%, aos 59.288,55 pontos.

Um operador da mesa de renda variável lembra que os últimos pregões da semana passada já sentiram a influência do exercício das opções, castigando mais pesadamente as ações da Vale, enquanto as posições em Petrobras e OGX foram defendidas. "Hoje isso deve apenas se confirmar", avalia, para quem o vencimento deve ser "relativamente tranquilo".

Segundo ele, os negócios como um todo na Bolsa hoje devem ser mais devagar, por causa do feriado nos EUA, em homenagem a Martin Luther King Jr. "A ausência do pregão em Nova York reduz o ímpeto por aqui", afirma, acrescentando que deve faltar fôlego para o Ibovespa encostar nos 60 mil pontos hoje.

Sem negócios no mercado referencial, as atenções dos investidores voltam-se para a Europa, de onde se ocasionou a mais recente turbulência nos mercados financeiros, após a Standard & Poor's rebaixar os ratings de nove países da zona do euro - entre eles França e Áustria, que se juntaram aos EUA na lista de classificação da agência. Alemanha, Finlândia, Holanda e Luxemburgo escaparam ilesos e mantiveram a maior avaliação possível pela S&P.

Os agentes globais estão atentos a possíveis aprofundamentos da crise europeia, após essa ação da S&P, que pode reverberar, inclusive, no fundo especial europeu (EFSF) e dificultar o resgate dos países endividados na Europa. A Grécia também retém cuidado, após o rompimento das negociações no fim de semana entre o país mediterrâneo e seus credores privados. As conversas devem ser retomadas na quarta-feira.

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