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BOVESPA-Mau humor nos EUA contamina mercado, que cai pelo 2o dia

(Texto atualizado com fechamento oficial) Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 7 de janeiro (Reuters) - O mercado brasileiro de ações caiu pelo segundo dia seguido nesta sexta-feira, com seu principal índice encerrando a semana pouco acima de 70 mil pontos com a reação global a dados dos Estados Unidos. O Ibovespa caiu 0,74 por cento, […]

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 17h54.

(Texto atualizado com fechamento oficial)

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 7 de janeiro (Reuters) - O mercado brasileiro de
ações caiu pelo segundo dia seguido nesta sexta-feira, com seu
principal índice encerrando a semana pouco acima de 70 mil
pontos com a reação global a dados dos Estados Unidos.

O Ibovespa caiu 0,74 por cento, para 70.057 pontos.
O giro financeiro do pregão foi de 5,25 bilhões de reais.

Pela manhã, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos
divulgou o relatório de dezembro sobre o mercado de trabalho no
país. Inicialmente, o mercado ficou dividido entre a decepção
com o número de vagas criadas e a surpresa com a queda da taxa
de desemprego a 9,4 por cento, a menor desde 2009.

Uma análise mais profunda, porém, mostrou que a queda do
desemprego teve mais a ver com a desistência de milhares de
trabalhadores em buscar emprego. Perto do fechamento, os
índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 tinham
baixa de 0,2 por cento em Nova York.

Outro fator que pesou sobre as bolsas norte-americanas foi
uma decisão judicial contrária a duas execuções hipotecárias.
Com isso, o setor financeiro liderava as perdas por lá, algo
que influenciou também as ações de bancos no Brasil.

Banco do Brasil recuou 2,37 por cento, a 30,95
reais. Itaú Unibanco perdeu 2,45 por cento, a 38,67
reais, e Bradesco 1,69 por cento, a 32,49 reais.

De acordo com Leonardo Bardese, operador da corretora BGC
Liquidez, as ações de bancos locais são afetadas ainda pela
preocupação com a possibilidade de que o governo adote novas
medidas para frear a valorização do real.

"E ontem o (presidente do Banco Central, Alexandre) Tombini
chegou a falar que a carteira de crédito para consumidor deve
crescer pelos 10 por cento, enquanto o mercado estava esperando
mais que 15 por cento", acrescentou.

O maior volume do pregão ficou com as ações preferenciais
da Vale , em baixa de 0,82 por cento, a 50,90 reais.
A ação devolveu parte dos ganhos recentes em meio à incerteza
dos agentes com a sucessão na presidência da empresa --uma
reportagem do jornal Valor Econômico afirmou nesta sexta que o
atual CEO, Roger Agnelli, não terá o mandato renovado.

A Petrobras PN , com o segundo maior volume do
pregão, caiu 1,4 por cento, a 26,73 reais.

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Aluísio Alves)

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