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Bovespa fecha estável com Vale e NY ofuscando concessões

A bolsa fechou praticamente estável, em meio à pressão negativa de Wall Street e de ações de mineradoras e siderúrgicas


	Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: o Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,31%
 (Nacho Doce/Reuters)

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: o Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,31% (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2015 às 18h49.

São Paulo - A Bovespa fechou em queda nesta segunda-feira, em meio à pressão negativa de Wall Street e de ações de mineradoras e siderúrgicas, enquanto papéis de concessionárias ficaram entre as maiores altas antes do anúncio de pacote do governo federal para o setor de infraestrutura.

O Ibovespa caiu 0,31 por cento, a 52.809 pontos. O volume financeiro somou apenas 5 bilhões de reais, abaixo da média do ano, de quase 7 bilhões de reais.

O índice acionário dos Estados Unidos S&P 500 fechou em queda de 0,65 por cento, em meio à inquietação com o impasse sobre a Grécia e com os agentes financeiros ponderando a possibilidade de o Federal Reserve elevar os juros em setembro, após números fortes sobre o mercado de trabalho na última sexta-feira.

"O cenário internacional seguiu pressionado com a questão grega, enquanto, no front local, investidores estão cautelosos e aguardando novidades com relação a medidas econômicas", disse o analista-chefe da corretora Walpires, Angelo Larozi.

DESTAQUES

=RUMO ALL subiu 4,51 por cento, liderando as altas do Ibovespa, em meio a expectativas sobre o anúncio do pacote de concessões previsto para a terça-feira, que deve envolver investimentos bilionários em rodovias, aeroportos, ferrovias e portos. ECORODOVIAS, na sequência, avançou 3,71 por cento.

=BRADESCO ganhou 0,15 por cento, com novas informações na mídia colocando o banco como principal competidor na oferta de compra das operações do HSBC no Brasil. O setor bancário também esteve sob os holofotes com notícia da Agência Estado de que o julgamento dos planos econômicos no Supremo Tribunal Federal (STF) só deve ocorrer em 2016. ITAÚ UNIBANCO terminou com queda de 0,42 por cento.

=PETROBRAS fechou no azul, com as ordinárias ganhando 0,22 por cento e as preferenciais com variação positiva de 0,08 por cento, conforme o mercado segue na expectativa da divulgação de seu plano de negócios, aguardado para este mês.

=VALE recuou, com as preferenciais perdendo 3,18 por cento e as ordinárias 2,43 por cento, após dados de comércio exterior chinês mostrarem que as importações de minério de ferro do maior consumidor do mundo da commodity caíram 11,6 por cento em maio ante o mês anterior. Os preços à vista do minério de ferro ficaram estáveis nesta segunda-feira.

=CSN, GERDAU e USIMINAS também sofreram com os dados sobre o desempenho do comércio exterior na China. A Usiminas também foi pressionada por números fracos e perspectivas negativas sobre a indústria automobilística no Brasil.

=OI fechou o dia com queda expressiva, de mais de 6 por cento, no terceiro pregão seguido de perdas, conforme agentes financeiros seguem ajustando expectativas atreladas a potenciais fusões e aquisições no setor. TELEFÔNICA BRASIL caiu 2,30 por cento e TIM Participações cedeu 0,20 por cento.

=GOL encerrou em baixa de 3,06 por cento, após avançar mais de 2 por cento na máxima do dia, em um movimento de curta duração, após a agência Bloomberg noticiar que o presidente da Delta, Ed Bastian, teria dito que uma joint-venture com a companhia brasileira, da qual a Delta já é acionista, era uma possibilidade.

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