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Bovespa fecha em queda de 0,61% pressionado por Petrobras

A Bovespa abriu o segundo semestre com o seu principal índice em queda, pressionado particularmente pela queda da Petrobras


	Bovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa fechou a quarta-feira em queda de 0,45%, a 52.844 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa fechou a quarta-feira em queda de 0,45%, a 52.844 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2015 às 19h29.

São Paulo - A Bovespa abriu o segundo semestre com o seu principal índice em queda, pressionado particularmente pelo declínio de Petrobras em meio ao forte recuo do petróleo, com pedidos do premiê grego para que a população rejeite a ajuda internacional em referendo previsto para o domingo também minando os negócios.

O Ibovespa fechou a quarta-feira em queda de 0,61 por cento, a 52.757 pontos, revertendo ganhos da primeira etapa do dia, quando chegou a subir a 53.456 pontos. Assim, o índice terminou a sessão no menor patamar desde 1º de abril.

O volume financeiro novamente ficou abaixo da média do ano, totalizando 5,8 bilhões de reais.

Um dia após Atenas dar calote no Fundo Monetário Internacional (FMI) e menos de 24 horas depois de o premiê grego escrever a credores se dizendo disposto a aceitar sua oferta com algumas mudanças, Alexis Tsipras repetiu a acusação de que o país estava sendo "chantageado" e pediu ao povo que rejeite o acordo.

A atitude do primeiro-ministro grego destruiu qualquer perspectiva de reparar as relações com os parceiros da União Europeia antes do referendo no domingo que pode decidir o futuro da Grécia na zona do euro.

O índice acionário europeu FTSEurofirst 300 ainda fechou em alta de 1,57 por cento, mas o S&P 500 reduziu um pouco o avanço, fechando em alta de 0,69 por cento.

Ainda repercutiu no mercado brasileiro pesquisa CNI/Ibope mostrando que a rejeição à presidente Dilma Rousseff aumentou ainda mais no fim de junho, no pior resultado desde o ex-presidente José Sarney no final de 1989.

O tom defensivo também prevalece nas estratégias para as ações brasileiras para o mês compiladas pela Reuters, em meio à debilidade da economia local e novos desdobramentos no front político, enquanto a Grécia aparece como risco externo.

DESTAQUES

=PETROBRAS fechou com queda de mais de 4 por cento nas preferenciais, em meio ao declínio acentuado dos preços do petróleo, com investidores também atentos a uma reunião com acionistas da estatal na qual estava prevista a votação de uma série de mudanças no estatuto da companhia, que pode diluir poder dos diretores. =BRASKEM caiu quase 5 por cento, com agentes financeiros repercutindo notícia de que um acionista da petroquímica processou a companhia, acusando-a de envolvimento no escândalo de corrupção na Petrobras.

=BRF também foi destaque negativo, com declínio de 2,21 por cento, conforme circulavam informações na mídia desde o início da semana sobre potencial venda de ações da empresa de alimentos pela Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras.

=VALE não sustentou a trégua da manhã e fechou no vermelho, com queda ao redor de 1 por cento, em sessão com novo declínio nos preços do minério de ferro na China.

=CETIP destacou-se entre as maiores altas do Ibovespa, com ganho de quase 4 por cento, após a Agência Estado publicar na véspera que o Itaú Unibanco adotou ferramenta desenvolvida pela empresa para registro eletrônico de contratos de financiamentos imobiliário. "Este é um marco importante no desenvolvimento do negócio de registro de hipotecas da Cetip", disse o Bradesco BBI em nota a clientes. A Cetip também foi incluída no portfólio para julho do BTG Pactual.

=LOJAS RENNER subiu 2,33 por cento, após o presidente da varejista, José Galló, divulgar crescimento de dois dígitos em vendas mesmas lojas no segundo trimestre durante evento da empresa na BM&FBovespa. O setor de consumo e varejo como todo avançava na Bovespa, com LOJAS AMERICANAS e NATURA também em destaque na ponta positiva do índice.

Texto atualizado às 19h29
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