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Bovespa fecha em queda com perspectiva de economia fraca

O Ibovespa fechou em leve queda após o Banco Central sinalizar continuidade do aperto monetário

Bovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa cedeu 0,38%, a 53.669 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2015 às 19h23.

São Paulo - A Bovespa fechou em leve queda nesta quinta-feira, descolada do exterior, após o Banco Central sinalizar continuidade do aperto monetário, reforçando expectativas de manutenção da atividade econômica fraca, enquanto o avanço das ações da Vale e do setor de educação atenuaram a pressão negativa.

O Ibovespa cedeu 0,35 por cento, a 53.688 pontos, após fechar em alta de 2 por cento na véspera. O volume financeiro somou 6,3 bilhões de reais.

Na ata da última reunião de política monetária, divulgada nesta manhã, o BC endureceu o discurso ao informar que há a necessidade de "determinação e perseverança" no combate à inflação.

"O efeito é principalmente nas empresas que dependem mais da economia local. Mais juros implica em mais recessão, mais aperto em uma economia já cambaleante", disse o gestor Joaquim Kokudai, sócio na JPP Capital Gestão de Recursos.

Wall Street fechou com os principais índices no azul, após as vendas no varejo norte-americano em maio superarem as expectativas, sinalizando que a maior economia do mundo pode estar finalmente ganhando força.

As negociações entre Grécia e seus credores, por sua vez, não progrediram, com a delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI) abandonando as conversas em Bruxelas em razão de importantes diferenças com Atenas.

DESTAQUES

=GAFISA ocupou a ponta negativa do índice, com declínio de 3,72 por cento, em dia de perdas do setor imobiliário, em meio a perspectivas pessimistas para a atividade econômica diante do cenário de continuidade de alta de juros indicado pelo BC. O índice do setor caiu 1,86 por cento.

=CIELO também pesou com queda de 2,82 por cento, apesar de dados sobre a indústria de pagamentos em 2014 divulgados pelo Banco Central terem sido considerados por positivos para a companhia ( http://bit.ly/1cOpURv ). Na véspera, a ação saltou quase 6 por cento, após melhora na recomendação do papel pelo JPMorgan.

=ITAÚ UNIBANCO caiu 0,62 por cento, reforçando a pressão negativa dado a seu peso relevante no índice, devolvendo parte do ganho da véspera de cerca de 3 por cento. BRADESCO subiu 0,25 por cento, enquanto BANCO DO BRASIL cedeu 0,60 por cento. =PETROBRAS teve um dia volátil e fechou estável, com incertezas relacionadas à divulgação do seu plano de negócios. A sessão também foi marcada por recuo dos preços do petróleo, enquanto o BTG Pactual cortou o preço-alvo do ADR (recibo de ação negociado nos EUA) da estatal de 10 para 9 dólares. =VALE fechou em alta de 1,24 por cento nas preferenciais, após os preços do minério de ferro no mercado à vista da China subirem para uma máxima de quatro meses. A Moody's disse que a empresa está bem posicionada para lidar com preços mais baixos do minério de ferro, mas indicadores de crédito devem se deteriorar.

=KROTON avançou 3,75 por cento, em meio ao noticiário recente mais favorável ao setor de educação. ESTÁCIO ganhou 2,39 por cento.

=GERDAU também ficou entre os destaques positivos, com alta de 3,57 por cento, em meio aos dados mais positivos dos EUA, mercado responsável por fatia relevante do resultado da empresa. Mas o setor siderúrgico como um todo teve um dia de ganhos, encontrando suporte na alta do dólar ante o real em boa parte da sessão após o BC reduzir oferta de swaps cambiais, com USIMINAS e CSN também beneficiadas por novo avanço do minério de ferro, uma vez que produzem a commodity.

Texto atualizado às 19h23

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São Paulo - A Bovespa fechou em leve queda nesta quinta-feira, descolada do exterior, após o Banco Central sinalizar continuidade do aperto monetário, reforçando expectativas de manutenção da atividade econômica fraca, enquanto o avanço das ações da Vale e do setor de educação atenuaram a pressão negativa.

O Ibovespa cedeu 0,35 por cento, a 53.688 pontos, após fechar em alta de 2 por cento na véspera. O volume financeiro somou 6,3 bilhões de reais.

Na ata da última reunião de política monetária, divulgada nesta manhã, o BC endureceu o discurso ao informar que há a necessidade de "determinação e perseverança" no combate à inflação.

"O efeito é principalmente nas empresas que dependem mais da economia local. Mais juros implica em mais recessão, mais aperto em uma economia já cambaleante", disse o gestor Joaquim Kokudai, sócio na JPP Capital Gestão de Recursos.

Wall Street fechou com os principais índices no azul, após as vendas no varejo norte-americano em maio superarem as expectativas, sinalizando que a maior economia do mundo pode estar finalmente ganhando força.

As negociações entre Grécia e seus credores, por sua vez, não progrediram, com a delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI) abandonando as conversas em Bruxelas em razão de importantes diferenças com Atenas.

DESTAQUES

=GAFISA ocupou a ponta negativa do índice, com declínio de 3,72 por cento, em dia de perdas do setor imobiliário, em meio a perspectivas pessimistas para a atividade econômica diante do cenário de continuidade de alta de juros indicado pelo BC. O índice do setor caiu 1,86 por cento.

=CIELO também pesou com queda de 2,82 por cento, apesar de dados sobre a indústria de pagamentos em 2014 divulgados pelo Banco Central terem sido considerados por positivos para a companhia ( http://bit.ly/1cOpURv ). Na véspera, a ação saltou quase 6 por cento, após melhora na recomendação do papel pelo JPMorgan.

=ITAÚ UNIBANCO caiu 0,62 por cento, reforçando a pressão negativa dado a seu peso relevante no índice, devolvendo parte do ganho da véspera de cerca de 3 por cento. BRADESCO subiu 0,25 por cento, enquanto BANCO DO BRASIL cedeu 0,60 por cento. =PETROBRAS teve um dia volátil e fechou estável, com incertezas relacionadas à divulgação do seu plano de negócios. A sessão também foi marcada por recuo dos preços do petróleo, enquanto o BTG Pactual cortou o preço-alvo do ADR (recibo de ação negociado nos EUA) da estatal de 10 para 9 dólares. =VALE fechou em alta de 1,24 por cento nas preferenciais, após os preços do minério de ferro no mercado à vista da China subirem para uma máxima de quatro meses. A Moody's disse que a empresa está bem posicionada para lidar com preços mais baixos do minério de ferro, mas indicadores de crédito devem se deteriorar.

=KROTON avançou 3,75 por cento, em meio ao noticiário recente mais favorável ao setor de educação. ESTÁCIO ganhou 2,39 por cento.

=GERDAU também ficou entre os destaques positivos, com alta de 3,57 por cento, em meio aos dados mais positivos dos EUA, mercado responsável por fatia relevante do resultado da empresa. Mas o setor siderúrgico como um todo teve um dia de ganhos, encontrando suporte na alta do dólar ante o real em boa parte da sessão após o BC reduzir oferta de swaps cambiais, com USIMINAS e CSN também beneficiadas por novo avanço do minério de ferro, uma vez que produzem a commodity.

Texto atualizado às 19h23

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