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Bolsas europeias fecham em queda sob efeito da Grécia

Ações de empresas de tecnologia e de bancos estão entre os piores resultados

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Londres - As bolsas europeias fecharam em queda nesta sexta-feira, com as preocupações relacionadas às elevadas dívidas de alguns países da zona do euro novamente alimentando incertezas, assim como a ausência de uma maioria clara nas eleições do Reino Unido e a expectativa em relação aos desdobramentos da crise na Grécia.

O índice Stoxx Europe 600 caiu 3,9% e fechou em 237,18 pontos, levando a queda na semana para 8,7%. É a maior retração porcentual semanal no índice desde 21 de novembro de 2008, quando recuou 11,48%. "A situação na Grécia é extremamente ruim e parece estar se espalhando, colocando pressão nos mercados de ações", disse Philippe Gijsels, chefe de pesquisa da BNP Paribas Fortis Global Markets.

Entre os índices acionários regionais, o índice francês CAC-40 caiu 4,6% e fechou em 3.392,59 pontos; o índice alemão Xetra-DAX caiu 3,3% e fechou em 5.715,09 pontos. O índice britânico FT-100 recuou 2,6%, para 5.123,02 pontos.

As ações do banco britânico HSBC fecharam em alta de 0,2%, depois de a instituição informar que no primeiro trimestre registrou lucro pela primeira vez em quase três anos. Entretanto, outros bancos perderam o chão, com o BNP Paribas em queda de 5,7%, e o Société Générale caindo 8%. Ambos os bancos recentemente estimaram sua exposição à Grécia e outros países do sul da Europa em bilhões, com a do BNP em torno de 8 bilhões de euros e a do Société em 13 bilhões de euros.

As ações financeiras caíram pois o custo de proteção contra eventual calote sobre às dívidas sênior de um grupo de 25 bancos e seguradoras atingiu a máxima dos últimos 14 meses. O índice acionário pan-European Stoxx 600 para o subsetor de bancos recuou 3,7%, enquanto o índice do subsetor de seguros teve queda de 3,9%.

"As tensões no mercado de crédito sugerem que a crise da Grécia se tornou mais forte nos últimos dias e os investidores estão começando a se mostrar preocupados com uma crise generalizada de liquidez", escreveram os estrategistas do Citigroup na quinta-feira.

"Isso deve levar o Banco Central Europeu (BCE) a tentar evitar um potencial aumento da apreensão dos mercados financeiros, como a vista em 2008. Nossos economistas acreditam que o primeiro passo será suavizar um pouco política de retirada de liquidez, que havia sido planejada antes, e reintroduzir acesso ilimitado às operações de longo prazo de três meses nas operações de mercado aberto", acrescentaram. Isso marcaria uma mudança na postura do Banco Central Europeu (BCE).

Ontem, as ações dos bancos lideraram as perdas dos mercados europeus, após o presidente Jean-Claude Trichet disse que o BCE não tinha discutido comprar títulos de governos, em consequência dos efeitos provocados no mercado pela crise fiscal da Grécia. As informações são da Dow Jones.

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