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Bolsas de NY recuam em meio a risco nuclear no Japão

Depois de cair 16% entre segunda e terça-feira, a Bolsa de Tóquio fechou hoje em alta de 5,7%

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As Bolsas de Nova York abriram o dia em baixa, com os dados do mercado imobiliário divulgados mais cedo atrapalhando o movimento (Chris Hondros/Getty Images)

As Bolsas de Nova York abriram o dia em baixa, com os dados do mercado imobiliário divulgados mais cedo atrapalhando o movimento (Chris Hondros/Getty Images)

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Luciana Antonello Xavier

Publicado em 16 de março de 2011 às, 11h22.

Nova York - Nada essencialmente mudou de ontem para hoje, mas mesmo assim os mercados globais tentam se reerguer, em meio à crise nuclear no Japão. Nos Estados Unidos, as Bolsas de Nova York abriram o dia em baixa, com os dados do mercado imobiliário divulgados mais cedo atrapalhando o movimento. Às 10h57 (horário de Brasília), o índice Dow Jones recuava 0,43%, o Nasdaq caía 0,24% e o S&P-500 registrava baixa de 0,33%.

Depois de cair 16% entre segunda e terça-feira, a Bolsa de Tóquio fechou hoje em alta de 5,7%, em um movimento de caça às pechinchas. Mas todos os riscos existentes até ontem continuam sobre a mesa e os mercados podem apenas tentar pegar fôlego antes de cair novamente. O risco de uma catástrofe nuclear segue alto, o mundo árabe parece longe de encontrar a paz e a Europa mantém seus problemas de dívida soberana.

O governo japonês continua injetando liquidez no sistema financeiro para tentar acalmar os mercados. Hoje, o Banco do Japão (o banco central do país) ofertou mais US$ 170,644 bilhões em recursos ao mercado financeiro. A ministra das finanças da França, Christine Lagarde, pediu um encontro com os países do G-7 (que reúne as sete maiores economias do mundo), para encontrar meios de ajudar financeiramente o Japão, inclusive com possibilidade de compras de bônus.

O economista-chefe global da Standard & Poor's, David Wyss, disse ontem em teleconferência que, excluindo os problemas nucleares, o impacto do terremoto e do tsunami na economia do país parece gerenciável. A questão é que está difícil o governo japonês excluir essa ameaça nuclear. Na verdade, ela aumentou significativamente hoje, diante do anúncio feito por autoridades japonesas de que um segundo reator da planta de Fukushima Daiichi pode ter se rompido e estar liberando vapor radioativo.

Na Líbia, o presidente Muamar Kadafi segue tentando retomar o controle das cidades dominadas por rebeldes e mais mortos vão se somando à lista da batalha para tirar o ditador do poder. No Bahrein, a polícia matou três manifestantes e feriu dezenas numa tentativa de conter os protestos na capital, Manama. O país está em estado de emergência e a Bolsa de Bahrein permaneceu fechada. As tensões no norte da África e no Oriente Médio dão força aos preços do petróleo.

Na Europa, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou o rating (classificação de risco) soberano de Portugal em dois níveis, de A1 para A3, com perspectiva negativa, diante da percepção de que o país não conseguirá fazer os ajustes fiscais necessários. Nos EUA, a construção de moradias teve a maior queda mensal em 27 anos em fevereiro, de 22,5%, para 479 mil.

Já o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 1,6% em fevereiro, o maior aumento desde junho de 2009 e acima da expectativa de alta de 0,6%. O núcleo do PPI subiu 0,2%, como esperado. O déficit em conta corrente do país, por sua vez, caiu para US$ 113,3 bilhões no quarto trimestre de 2010, de US$ 125,5 bilhões no terceiro trimestre. Ontem, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) decidiu manter a política de juro zero. A autoridade monetária também ressaltou que os gastos com consumo e o mercado de trabalho tiveram alguma melhora e disse que a inflação está contida.

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