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BC intervém, mas melhora externa faz dólar cair

Um leilão de compra à vista pela manhã e outro à tarde, apenas minimizou o recuo da divisa norte-americana em relação ao real

Notas de dólar (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2012 às 17h48.

São Paulo - A melhora do humor externo reduziu sensivelmente a aversão ao risco e fez o dólar perder valor em relação à maioria das moedas. No Brasil, não foi diferente e a atuação do Banco Central por duas vezes, em um leilão de compra à vista pela manhã e outro à tarde, apenas minimizou o recuo da divisa norte-americana em relação ao real. De acordo com operadores, o fluxo ficou positivo ao longo de toda quinta-feira e o desempenho da Bovespa é uma prova desse quadro.

Assim, o dólar à vista no balcão terminou o dia em queda de 0,38%, a R$ 1,8270, depois de bater na mínima de R$ 1,8250 (-0,49%). Na máxima, com baixa de 0,05%, o dólar foi cotado a R$ 1,8330. Na BM&F, o dólar pronto também oscilou o pregão todo no campo negativo, para terminar com recuo de 0,40%, a R$ 1,8259. Na clearing de câmbio, o movimento do dólar à vista foi de US$ 2,561 bilhões, sendo US$ 2,280 bilhões em D+2.

Boa parte do avanço dos ativos no âmbito internacional decorre principalmente das discussões sobre uma eventual nova rodada de compras de ativos pelo Federal Reserve, aprofundando o relaxamento quantitativo no país, e de dados positivos sobre novos empréstimos na China em março, que fomentou a interpretação de que o país estaria perto de adotar novas medidas de relaxamento monetário. Segundo dado divulgado hoje, as instituições financeiras chinesas concederam 1,01 trilhão de yuans (US$ 160 bilhões) em novos empréstimos em março, acima dos 710,7 bilhões de yuans em fevereiro e acima das estimativas de economistas, de 800 bilhões de yuans.

Com tudo isso, o dólar já começou o dia testando mínimas, o que gerou pronta reação do BC. No leilão anunciado perto das 11h55, a autoridade monetária fixou taxa de corte de R$ 1,8263 - pouco acima do nível à vista na ocasião, de R$ 1,8260 (-0,44%). Já na operação realizada nos minutos finais dos negócios, a taxa de corte foi de R$ 1,8267, também acima da cotação naquele momento, de R$ 1,8260.

"O BC está fazendo sua parte, dentro da estratégia do governo de não permitir uma desvalorização muito grande do dólar. Então, entrou no mercado para enxugar o excesso", ponderou um experiente profissional de câmbio. "Mas as operações apenas minimizam o movimento. Não dá para segurar só com leilão em um dia como hoje", continuou.

No mercado futuro, o movimento também foi de queda. Às 16h53, o dólar com vencimento em maio cedia 0,43%, a R$ 1,8355. O movimento financeiro deste contrato, que é o mais líquido, atingiu US$ 15,857 bilhões. Lá fora, no horário acima, o euro era cotado a US$ 1,3189, de US$ 1,3109 no fim da tarde de quarta-feira em Nova York.

São Paulo - A melhora do humor externo reduziu sensivelmente a aversão ao risco e fez o dólar perder valor em relação à maioria das moedas. No Brasil, não foi diferente e a atuação do Banco Central por duas vezes, em um leilão de compra à vista pela manhã e outro à tarde, apenas minimizou o recuo da divisa norte-americana em relação ao real. De acordo com operadores, o fluxo ficou positivo ao longo de toda quinta-feira e o desempenho da Bovespa é uma prova desse quadro.

Assim, o dólar à vista no balcão terminou o dia em queda de 0,38%, a R$ 1,8270, depois de bater na mínima de R$ 1,8250 (-0,49%). Na máxima, com baixa de 0,05%, o dólar foi cotado a R$ 1,8330. Na BM&F, o dólar pronto também oscilou o pregão todo no campo negativo, para terminar com recuo de 0,40%, a R$ 1,8259. Na clearing de câmbio, o movimento do dólar à vista foi de US$ 2,561 bilhões, sendo US$ 2,280 bilhões em D+2.

Boa parte do avanço dos ativos no âmbito internacional decorre principalmente das discussões sobre uma eventual nova rodada de compras de ativos pelo Federal Reserve, aprofundando o relaxamento quantitativo no país, e de dados positivos sobre novos empréstimos na China em março, que fomentou a interpretação de que o país estaria perto de adotar novas medidas de relaxamento monetário. Segundo dado divulgado hoje, as instituições financeiras chinesas concederam 1,01 trilhão de yuans (US$ 160 bilhões) em novos empréstimos em março, acima dos 710,7 bilhões de yuans em fevereiro e acima das estimativas de economistas, de 800 bilhões de yuans.

Com tudo isso, o dólar já começou o dia testando mínimas, o que gerou pronta reação do BC. No leilão anunciado perto das 11h55, a autoridade monetária fixou taxa de corte de R$ 1,8263 - pouco acima do nível à vista na ocasião, de R$ 1,8260 (-0,44%). Já na operação realizada nos minutos finais dos negócios, a taxa de corte foi de R$ 1,8267, também acima da cotação naquele momento, de R$ 1,8260.

"O BC está fazendo sua parte, dentro da estratégia do governo de não permitir uma desvalorização muito grande do dólar. Então, entrou no mercado para enxugar o excesso", ponderou um experiente profissional de câmbio. "Mas as operações apenas minimizam o movimento. Não dá para segurar só com leilão em um dia como hoje", continuou.

No mercado futuro, o movimento também foi de queda. Às 16h53, o dólar com vencimento em maio cedia 0,43%, a R$ 1,8355. O movimento financeiro deste contrato, que é o mais líquido, atingiu US$ 15,857 bilhões. Lá fora, no horário acima, o euro era cotado a US$ 1,3189, de US$ 1,3109 no fim da tarde de quarta-feira em Nova York.

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