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Remy Sharp
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Os bancos brasileiros se comprometeram a negar crédito a frigoríficos que comprarem gado de áreas desmatadas ilegalmente, ecoando as novas regulamentações da União Europeia destinadas a proteger as florestas tropicais.

A norma de sustentabilidade divulgada na terça-feira pela Febraban, a federação de bancos do Brasil, exige que os frigoríficos adotem um sistema de rastreamento para monitorar toda a sua cadeia de abastecimento na Amazônia Legal e no estado do Maranhão até dezembro de 2025. A exigência se aplica a fornecedores diretos e indiretos.

Líderes do setor como JBS e Marfrig já assumiram compromissos de parar de comprar gado de fornecedores indiretos ligados ao desmatamento ilegal da Amazônia até 2025. As mesmas empresas já proíbem compras diretas de áreas desmatadas ilegalmente.

Até o momento, 21 bancos assinaram o protocolo, entre eles Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal. Pela perspectiva dos bancos, o financiamento de atividades associadas ao desmatamento pode ampliar riscos de crédito, reputacionais e operacionais, disse a Febraban.

Em dezembro, a UE exigiu que os exportadores provassem que as commodities agrícolas, incluindo carne bovina, soja e café, não contribuíam para o desmatamento.

Resposta do setor

O grupo que representa os exportadores de carne bovina do Brasil, conhecido como Abiec, divulgou nota afirmando não aceitar que “outros setores terceirizem as suas responsabilidades para os frigoríficos”.

Para a Abiec, é importante que os bancos adotem os mesmos requisitos ambientais já aplicados pela indústria de carne bovina para todos os seus correntistas, incluindo proprietários de áreas rurais, afirmou o grupo.

A Abiec acrescentou que mais de 20.000 pecuaristas foram excluídos da base de fornecedores de seus associados devido a práticas ambientais ilegais, mas é possível que os mesmos criadores de gado continuem tendo relações comerciais com o setor financeiro.

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